quinta-feira, 7 de março de 2019

Tentando esclarecer

Tentar comparar muitas das críticas sofridas pelo juíz Neto Moura  a um "bullying", exemplificando, não faz qualquer sentido. Realmente, o que têm de comum as agressões físicas ou psicológicas que sofrem repetidamente o menino obeso ou a menina que viu devassada a sua intimidade, de que não têm culpa nem defesa possível, com críticas a um homem, juíz desembargador, que pensa e escreve sem coação e, portanto com toda a autonomia para o fazer e.... ser responsabilizado?
Sem mudar de assunto, embora pareça, os sexos e os géneros humanos têm mais que se lhe diga que uma análise leviana porque redutora. Primeiro, não são a mesma coisa, Depois, os primeiros não se reduzem à morfologia, mormente à genitália e mesmo esta não é segura pois há aparências  que iludem o olhar e necessitam investigação complementar elaborada. Como nos casos de pseudo-hermafroditismo ( entidade nosológica dos livros, que ainda se desdobra em múltiplos diagnósticos). Depois há a mais que sabida (?) "identidade de género" E, como deriva do anterior, há.... hermafroditismo verdadeiro. Sim, esse mesmo, com orgãos dos dois géneros numa mesma criatura.... humana. Mas voltando aos sexo, há o sexo cromossómico que é mais que variável pois, além dos clássicos 46XY e 46XX, existem inúmeras variantes como, por exemplo, o 45X0 ( Síndroma de Turner) em que o fenotipo é "feminino" mas comporta esterilidade e o 47XXY ( Sindroma de Klinfelter) com fenotipo masculino mas muitas "coisas dúbias", Isto sem falar das quimeras  nas quais coexistem os dois genotipos clássicos atrás referidos.`
Por aqui me fico. Não sem que antes diga duas coisas: que há muita confusão na cabeça de quem  considera igual uma criança indefesa e um juíz com erros de carácter e/ou civilizacionais; que se nasce homem ou mulher ou outras variantes... mas todos nascemos humanos. Agora, HOMEM ou MULHER, realmente.... isso constroi-se. Para o bem e para o mal.

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Em termos de Ciência, sou um néscio. Não obstante, atrevo-me a dizer que quem desesperadamente se agarra a pre(con)ceitos científicos e de pensamento medievais não consegue (nem quer) aceitar as evidências da ciência actual.

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