terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Trump & Cia., os novos donos do Mundo

Trump, coligado com a extrema-direita cerceadora da liberdade de expressão e mais perigosa, nega o que todos nós sentimos e vemos - as alterações climáticas. A ciência. Adepto da supremacia branca, condena o humanismo e os imigrantes à desumana deportação maciça, trucidando a democracia, como fizeram há 4 anos na invasão do Capitólio. Aqui, os invasores arruaceiros fascistóides instigados por Trump, delapidaram património, roubaram, agrediram ferindo, tendo morrido agentes da autoridade. Estes criminosos, respaldados por Trump, já presidente dos EUA, são, por este, designados por «reféns»(!), perdoados e soltos da prisão! Donald Trump, cabecilha, promotor e mandante daquela inqualificável acção devia estar preso! Tem as mãos ensanguentadas! Este, em comunhão com Musk, Zuckerberg, Bezos, e Cia., são os novos donos do Mundo e, já estão a pô-lo de 'pernas para o ar'. Urge coragem para a vida, lutando contra a instalada nova era anti-democrática!

 

O PROMETIDO MUNDO NOVO


Com o do desmoronamento da URSS e regimes análogos do leste da Europa, os beneficiários do capitalismo, “sem a ameaça do comunismo”, prometeram-nos um mundo novo. E melhor, claro! Depois, foi o que se viu. Guerras; Jugoslávia, Afeganistão, Iraque, Líbia, Síria, Líbano, Ucrânia e o genocídio em Gaza. Todas com participação direta ou indireta do mentor e principal beneficiário dos despojos (controlo geoestratégico e matérias-primas), os EUA, concentração do capital e aumento das assimetrias sociais e regionais.

Mas o que melhor define o carácter dos que tutelam o imperialismo norte-americano e os seus aliados, é o cobarde e cruel genocídio na Faixa de Gaza que dura há mais de ano, que só tem paralelo com o holocausto nazi e que, para além da destruição quase total dos edifícios e infraestruturas, já causou mais cerca de 50 mil mortos e muitos mais feridos e estropiados. Mesmo agora depois do anunciado cessar-fogo, continuaram os bombardeamentos onde as pessoas já celebravam a mais que desejada e merecida paz, causando mais mortos (60) e feridos.

Na altura que escrevo, sexta-feira à tarde, o referido cessar-fogo, ainda não foi ratificado pelo Executivo da potência agressora, Israel. E mesmo que seja, será por quanto tempo? E a paz? A paz definitiva. Alguém acredita nela com esta gente a liderar aquele país, os que os apoiam, os EUA e os que indignamente nem tugem nem mugem, a UE? Sim, porque a paz definitiva, presumiria a existência de dois Estados, as reparações de guerra, a devolução dos colonatos em Gaza e na Cisjordânia à Palestina e a condenação dos responsáveis sionistas pelos muitos e mais que confirmados crimes de guerra. Quem acredita nisso com gente desta estatura política e moral no poder em Israel e, sobretudo, nos EUA?

Portanto, é este o mundo que os beneficiário do capitalismo, os que estavam e estão no poder, cá deste lado do mundo, no ocidente. Aliás, tão bem definidos agora, por um deles! O cessante inquilino da Casa Branca, Joe Biden, ao afirmar que o seu país está nas mãos de uma oligarquia com o dinheiro e o poder cada vez mais concentrados e a imprensa livre a desaparecer, ficando assim, a própria democracia em causa. E é verdade! Além da imprensa que está quase controlada pela referida oligarquia, está também essa que é a sua grande concorrente, a Internet. Mais concretamente, as suas redes sociais.

Mas Biden podia ter dito mais! Compreende-se que não o tenha feito, devido à sua responsabilidade e do governo que liderou no apoio à critica situação no Médio Oriente, Líbano, Síria e o vergonhoso genocídio na Faixa de Gaza. E também não falou, na cumplicidade do seu país no golpe de 2014 em Kiev que foi a base e deu origem à atual guerra contra a Rússia, por interposto país, a Ucrânia.

É este, afinal, o tal mundo que o denominado “mundo livre” nos prometeu. E que urge, os povos mudarem. Onde a luta pela paz é absolutamente indispensável.

Com certeza, no passado sábado, teve uma bela demonstração em Lisboa.

Francisco Ramalho



Publicado hoje no jornal O SETUBALENSE



segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Telhados de vidro

 

Quando alguma figura dos governos de António Costa via o seu nome apontado por  envolvimento nalguma coisa menos clara, logo apareciam elementos do partido que agora lidera a governação, quase sempre o seu líder, a exigir ao então chefe do governo explicações, quando não a demissão imediata do elemento em causa, com o argumento de que o país precisa de gente impoluta nas suas instituições, o que é sempre bonito de se ouvir, quando o pregador é algo mais que uma espécie de frei Tomás.

 

Todavia, a actual governação ainda está a meses de completar um ano e a única coisa vistosa que realmente se lhe conhece tem sido a substituição atrabiliária de gente nos mais variados postos de direcção, tanto quanto se sabe sem qualquer exigência de competência profissional e idoneidade ética, parecendo ser o cartão partidário garantia suficiente para atestar o valor da pessoa; assim, é inexorável que os casos comecem  por ir aparecendo, e ainda a procissão vai no adro...

 

Amândio G. Martins

domingo, 19 de janeiro de 2025

 

A SIC-NOTÍCIAS MENTIU OU FOI INCOMPETENTE


Das diversas manifestações contra a guerra, pela paz, que o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) em conjunto com o Movimento pelos Direitos do Povo Palestiniano e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), outras organizações e com o apoio da CGTP e do PCP, tem organizado em Lisboa (a última das quais frente a embaixada de Israel que a comunicação social dominante olimpicamente ignorou) e noutros pontos do país, a de ontem, em Lisboa, talvez tenha sido a maior. Foi ininterrupta e compacta desde o Cais do Sodré ao Rossio. Portanto, foram milhares de pessoas. Dezenas de milhar.

Pois bem, a SIC-Notícias, numa lamentável atitude, achou que foram centenas. Portanto, desmentida por quem lá esteve e pela RTP3 que noticiou “milhares”.

Confirmei presencialmente e com a ajuda de um amigo que quando a cabeça da manif. chegava ao Rossio, a cauda saía do Cais do Sodré.

Assim, o referido canal televisivo, mentiu conscientemente ou foi incompetente porque devia confirmar a dimensão do protesto.

Dizer ainda que este é apenas um exemplo de como esta questão de importância fundamental a guerra, e do vergonhoso genocídio em Gaza que só tem paralelo com o holocausto nazi, é tratado aqui, e não só, claro, pela grande maioria dos media. Dizer ainda que a nível político-partidário, desde o PS até à direita mais extrema, a indiferença sobre o assunto, é total. O que, no fundo, significa apoio. Quem cala...consente!

Francisco Ramalho



Los Angeles é do Planeta A

Viemos ao Planeta Terra por empréstimo, não é nosso, e quando sairmos de cá devemos deixá-lo melhor do que o encontrámos para os vindouros. Chamar catástrofe natural ao maior e mais terrífico incêndio da Califórnia, em Los Angeles, é lavar as mãos criminosamente à roda livre da irresponsabilidade humana, altamente poluidora! A Mãe Natureza é que manda, caso contrário, isto já tinha ''ido tudo p'ró maneta!'', como bem diz, aqui, um aldeão. No país do negacionista climático-mor, Donald Trump, é (com a benevolência da palavra), uma ironia bem vincada do imenso Tempo, a perca de vidas humanas, de animais, de património, da paisagem, deixando um rasto de sofrimento e dramatismo nas pessoas, por perdas de familiares e das suas casas! Que se saiba, ninguém perguntou ao estúpido negacionista, Trump, sobre a exponenciada tragédia e, o que é que - tinha a dizer? Com indivíduos deste jaez, isto vai acabar mal! Acautelemo-nos...

sábado, 18 de janeiro de 2025

Gloria Eterna ao enorme Miguel Torga!

Adolfo Correia da Rocha, ficou reconhecido pelo pseudónimo Miguel Torga. Extraordinário poeta e escritor, do século XX, ensinou-nos a coragem, a verticalidade, a honradez - a sermos homens inteiros. Além de contista, ensaista, memorialista e dramaturgo, Torga foi um dos nossos melhores a escrever a vida dos aldeões, dos camponeses, da paisagem campestre, para além do seu amado Marão. 'Mandam os que cá estão', dizia, com a propósito. Prezava, de sobremaneira, a intervenção social. Justamente laureado com o Prémio Camões de 1989, o expoente da língua portuguesa. Cultivava ao máximo a discrição, não dando autógrafos, sendo a simplicidade em figura de gente grande. Desapareceu-nos fisicamente há 30 anos, em Coimbra, onde nesta cidade, em Celas, tem uma Casa-Museu, na rua (curiosamente) Fernando Pessoa, nº3. A visitar! Os seus Diários são verdadeiras obras criadoras de Arte. A Arte na Criação salvará a Humanidade, terá dito. Merece honras, num repouso Eterno, no Panteão Nacional! Amo a obra do enorme Miguel Torga.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

TODOS JUNTOS PELA PAZ !

 

Realiza-se no próximo sábado, dia 18, em Lisboa, a manifestação «É urgente pôr fim à guerra! Todos juntos pela Paz!», às 15 horas no Cais do Sodré, donde seguirá para a Praça do Rossio. Mais de 70 organizações estão associadas à sua convocatória, nomeadamente sindicais, culturais, estudantis, juvenis e de outos diversos sectores. Existem transportes organizados para a participação em regiões fora de Lisboa, destacando-se o Comboio da Paz que sairá do Norte.

É preocupante o desenvolvimento no plano internacional e é urgente acabar com os dramáticos sofrimentos que estão a ser impostos a milhões de pessoas, para além dos muitos milhares de mortes já provocadas, dos feridos, dos deslocados e da destruição de infra-estruturas necessárias a uma vida normal. É necessário acabar com confrontações e corridas aos armamentos, procurando a solução política de conflitos e evitando desenvolvimentos que ameacem o próprio futuro da humanidade.

A imagem é da UNI Global Union, e da mensagem da sua secretária-geral: «SUBINDO JUNTOS EM 2025 - Com os olhos postos em 2025, na Uni desejamos o melhor para si e sua família. Que o novo ano traga alegria, reflexão e esperança para o que está para vir Hoje e todos os dias, sintamos a força de saber que estamos unidos no nosso compromisso duradouro com a paz e a justiça social. Desejamos um feliz e saudável novo ano.» Christ Holfman, secretária-geral da UNI Global Union, onde se encontram filiadas organizações sindicais portuguesas.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Vou aprender russo



Ampliar o saber é um objectivo que qualquer um de nós, sem ostentações espúrias, deve prosseguir, o que me impele sem grande resistência a acatar o conselho do indescritível (ainda mais do que Stoltenberg?) actual secretário-geral da NATO, Mark Rutte. Por isso, e porque não me passa pela cabeça ir agora para a Nova Zelândia, anseio por começar as aulas de aprendizagem do russo, pelo menos até ao ponto de ler e compreender Dostoievski como se fosse o Eça. Não vai ser muito fácil, atendendo à minha idade e ao que consta de que “burro velho não aprende línguas”. Talvez Rutte também não consiga aprender russo, e não será pela idade…

Explicando o sentido da minha decisão na escolha das alternativas que Rutte, um funcionário não-eleito de uma organização “atlantista”, imperativamente nos dá, contraproponho aos meus conterrâneos e aliados ocidentais que passemos a gastar mais, isso sim, em diplomacia. Que é feito dos grandes negociadores que houve no passado? Abdicaram todos em favor dos “galos” de crista erecta? O Rutte que disponha do dinheiro dele como entender, mas que não mexa no que é meu, ok?


Público - 15.01.2025

Dizer o que deve ser dito

 

Capicua escreve uma vez por semana na página dois do JN, e é uma daquelas passoas que, como Carvalho da Silva aos sábados, ainda vale bem o espaço que ocupa e dá gosto ler, como no texto de ontem, jan. 14, em que comentava a “moderação” que o chefe do Governo atribuíu a si próprio e ao seu partido, na comparação que fez entre neonazis e antifascistas, metendo-os no mesmo saco extremista; de facto, Montenegro não se cansa de justificar constantemente aquela operação policial afrontosa da dignidade das pessoas, ao mesmo tempo que deixa escapar que também não gostou de ver aquela imagem.

 

Mas do que parece não ter gostado mesmo nada foi ver aquela multidão que condenava um governo que instrumentaliza as forças policiais para tentar esvaziar um adversário que lhe faz sombra, combatendo-o com processos indignos de um país realmente  democrático; é que aquela manifestação, multicultural e multirracial, espelha o sentimento verdadeiramente humanista da maior parte dos portugueses, em contraponto ao grotesco grupelho que salpicou de negro a Praça da Figueira, cujo líder, descabelando-se por só ter ali uma pequena amostra da escória que lhe tem dado força, gritava estar farto deste país...

 

Amândio G. Martins

O chefe do desgoverno é extremista!

O chefe do desgoverno ao dizer que, uma manifestação com milhares de democratas, sobretudo combativos imigrantes do industão, em defesa da igualdade de tratamento com quem vem à procura de melhor pão (não esquecer que fomos, somos e seremos um Povo de emigrantes), e contra o racismo e a xenofobia é tão extremista como uma pequena «vigília» racista, xenófoba com ambiente fascistóide aos gritos a pedir repressão, encostando à parede supostos criminosos (imigrantes), por parte duma polícia, que não prima pela generosidade do uso dos cassetetes, vindo dum desventurado, usando a bandeira nacional como uma rodilha, aquele sim é que é extremista! Fazendo o jogo e roubando o espaço à extrema-direita reacionária e perigosa! Em nome das sondagens.... O propalado, dito por Monte-negro, interesse nacional é um grosseiro embuste. O sobressalto cívico foi uma demonstração inequívoca duma luta a favor de valores democráticos. E agora? É dar seguimento, mobilizando a democracia a nível popular contra o fascismo! Quem não luta - perde!

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

 

VOLTEMOS A FALAR DO TEMPO


Já lá vai o tempo em que por esta altura do ano, mesmo no Alentejo, os rios, ribeiras e barrancos (no Alentejo não se usava a designação de ribeiros) iam cheios. Até lá havia peixe; pardelhas, bordalos, enguias. Agora, por exemplo aqui na zona onde moro, Corroios, desde a última vez que tinha chovido e que já nem me lembro, talvez na primavera, choveu agora apenas três dias durante umas duas ou três horas e chuva fraca.

É a segunda vez que escrevo aqui n`O SETUBALENSE sobre este assunto. A primeira foi em 4/4/23 “ Falemos do Tempo”. “Depois das fortes chuvadas de fins de dezembro e janeiro que até provocaram inundações, nunca mais choveu coisa que se visse. Têm caído apenas uns borrifos. Portanto, em pleno inverno, quase dois meses sem chover a sério, agora já com temperaturas a rondar os 30 graus e a previsão de chuva é zero”. Dizia ainda que a maioria das barragens a sul do Tejo estavam abaixo de 50% do seu nível máximo. E fazia referência a um anúncio do Governo de então no Dia Mundial da Água, à construção de uma futura central de dessalinização na costa algarvia. Anúncio que, suponho, não passou disso mesmo.

Foi há quase dois anos, mas o problema, como sabemos, assim como o gradual aumento da temperatura, tem muitos mais. E tem a ver, evidentemente, com as famigeradas alterações climáticas. Basta estarmos minimamente atentos para nos apercebermos delas mesmo junto de nós. Nem sequer é preciso evocarmos as grandes catástrofes relacionadas com chuvas torrenciais, secas, ciclones, degelos e as suas terríveis consequências. Mas convém, e muito, que tenhamos consciência que elas existem, porque é que existem, que contribuamos para minimizá-las ou para que não existam e denunciemos quem não o faz. Sobretudo, entidades coletivas ou pessoas que pelo poder que exerçam são determinantes positiva ou negativamente. Como é o que se trata, no segundo caso, do negacionista confesso, Donald Trump. E outros responsáveis políticos de extrema direita.

Altas instâncias como o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, o Papa Francisco e grande parte da comunidade cientifica, têm feito avisos e apelos dramáticos no sentido de se conterem as causas que as originam; a continuada exploração e utilização de combustíveis fósseis, a poluição terrestre, de rios e mares, o uso intensivo de explorações agrícolas, a destruição de florestas para esses fins ou para outros que visam apenas o lucro.

As consequências são diversas e gravíssimas quase todas. Já com milhões de vítimas de tantas espécies, incluindo da nossa. Ainda recentemente um relatório do Observatório Português da Saúde e Ambiente, concluiu que 8% das mortes em Portugal estão relacionadas com fatores ambientais. E acrescenta que políticas no nosso país negligenciam o impacto das alterações climáticas.

A terminar, mais outro exemplo que todos podemos verificar; a drástica diminuição de aves migratórias. São ciclos da Natureza com milhões de anos que se quebram. E isso é gravíssimo.

Francisco Ramalho

Publicado hoje também no jornal O SETUBALENSE









sábado, 11 de janeiro de 2025

A Vodafone rouba!

Não tenho tarifário fidelizado com a operadora telefónica, Vodafone. Sem tarifário livre que possa contactar por largo tempo com as outras operadoras. Daí, quando envio mensagem ou falo - pago. É recorrente, telefono e não respondem, antes de entrar nas mensagens, a Vodafone cobra-me! É ladroagem inqualificável! Reclamo, sendo uma «odisseia», pelo tempo perdido (para a Vodafone, tempo é dinheiro, para os clientes - não!), conseguir falar com um funcionário. Da última vez, foi quase meia hora para resolver uma incompetência/roubo da Vodafone....Pergunto: Quanto ganha, por mês, com este mais que desvio?! Quantos salários paga pelos muitíssimos euros roubados aos clientes?! Nada se sabe, se há ou não fiscalização... esta gente funciona sem limites! Objectivamente: a Vodafone quer é fidelização, pois dá-lhe, a longo prazo, muito, muito mais dinheiro/lucro! Não vale tudo!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Maus ventos

 

Aquela aberração humana e política que, dentro de alguns dias, tomará posse como presidente dos EE UU, nunca escondeu a sua simpatia por ditadores, daí que não tenha aceitado a derrota para Biden, patrocinando um acto nunca antes ali visto, e ficando quatro anos a desacreditar o presidente eleito e a remoer vingança; por isso, não espanta que agora queira imitar o czar russo, com a mesma vontade de anexar territórios de outros países, com o argumento de que serão importantes para assegurar a hegemonia  do país que o elegeu.

 

Uma tal barbaridade, mesmo que fique só pela intenção, ou não passe de mais umas bujardas para desviar atenções do que é importante, não deixará mesmo assim de encher de satisfação a bandidagem russa e os demais trambolhos ditadores, como o da Hungria, Coreia do Norte e até Venezuela, que sempre poderão questionar qual será a ditadura boa e a má, ou se só eles é que serão gente ruim...

 

Amândio G. Martins

quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

Cargos políticos ganham bem

Tem vindo a lume vezes demais, o mantra dos políticos ganharem pouco(!). A sério? Porém, quem pouco governa ou desgoverna em demasia, e as campanhas eleitorais destes são chorudamente contempladas pelos ricos, anseia o poder, pois sabem que além de ficarem com uma boa carteira de clientes, as portas giratórias para empresas de topo e cargos principescos escancaram-se. Os exemplos são mais que muitos: Durão Barroso(PSD), Paulo Portas(CDS), José Luís Arnaut(PSD) e por aí fora. O presidente da «casa da democracia»(AD), juntou-se ao coro das virgens ofendidas que, sim senhor é preciso pagar muito mais aos políticos. A maioria dos(as) deputados(as), na AR, da extrema-direita e da direita extremada forjam leis no seu proveito, porém choram lágrimas de crocodilo, porque ganham pouco... então, porque não legislam nesta matéria a seu favor? Porque o assunto chocava violentamente de frente, com os salários miseráveis, que impedem os trabalhadores de viverem como seres humanos! Além de terem medo da rua... Isto é um insulto aos mais de 2 milhões de pobres, à precariedade, ao trabalho pago à peça, aos sem-tecto, à miséria paga aos pensionistas, ao assistencialismo caritativo,... Praticam, deliberadamente, a iniquidade no seu benefício!

quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Espírito crítico, precisa-se



É materialmente impossível convencer um benfiquista de que o “justo” é ser-se do Sporting ou do F.C.Porto. Tal e qual como, encontrando-se em jogo a compreensão dos fenómenos geopolíticos que assolam o mundo passado e o actual, alguém quiser persuadir outros de que Putin não prossegue a política que adoptou só porque é mauzinho de nascença, ainda que o possa ser. Ou quando, em plena pandemia, ousava pôr em causa a bondade das medidas de lockdown quase unanimemente adoptadas na Europa, dando o exemplo de outras menos radicais, como as da Suécia, que, sabe-se hoje, registou um menor número de mortes directamente provocadas pelo Covid do que Portugal. Quem tentar ou tentou fazer essas coisas é imediatamente rotulado, respectivamente, de ser “mau chefe de família”, pró-Putin e “negacionista”. É o resultado lógico da polarização e do extremar de posições que leva à “ditadura” do pensamento correctamente alinhado com as campanhas e limitações com que nós, no “mundo livre”, somos sistematicamente confrontados. Veja-se agora o caso de Milão, em que se proibiram as pessoas de fumar na rua. Dá para pensar que, paulatinamente, vamos sendo, cada vez mais, encaminhados para um redil totalitário de que não há saída à vista. O que virá a seguir?


Expresso - 10.01.2025