terça-feira, 1 de abril de 2025

 

A ENTREVISTA


A entrevista de José Rodrigues dos Santos ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, para além de indignar tanta gente mesmo fora do espectro político-ideológico comunista, foi o expoente máximo da tentativa de condicionamento dos telespectadores devido à posição deste partido em relação à guerra na Ucrânia. Valeu tudo. Valeu até ser a única matéria com que JRS confrontou sistemática e repetidamente o entrevistado, quando o principal assunto dos dirigentes partidários que vão àquelas entrevistas na RTP, serem as eleições antecipadas e as propostas que têm para apresentar ao país.

Na ânsia de tentar baralhar ou que o entrevistado caísse nalguma contradição para daí tirar dividendos, o conhecido jornalista, deu um péssimo exemplo do que deve ser a sua profissão. E o efeito, cremos, foi o contrário do que pretendia, ou de quem lhe encomendou que o fizesse. Aliás, logo a seguir à entrevista, uma das convidadas para analisar a mesma, a sua colega de profissão, Luísa Meireles, diretora de informação da agência Lusa, muito justamente, criticou-o ao dizer que é conhecida a posição do PCP desde sempre, sobre a matéria, e que havia outras questões que deveriam ter sido colocadas a PR. O outro convidado, David Pontes, diretor do jornal Público, reconhecendo a influência que o PCP tem no sindicalismo e não só, disse que era pena ter a posição que tem sobre a única matéria abordada na entrevista.

O PCP sempre se manifestou contra a guerra na Ucrânia. Portanto, muito antes da intervenção russa. E contra todos os desmandos e ataques à democracia naquele país. Desde o ataque por forças neo-nazis a sindicalistas e opositores ao Governo e com a ilegalização de todos os partidos da oposição, onze, e às populações russófonas de regiões do país como o Donbass onde já havia cerca de 15 mil mortos por reclamarem, em referendo, a sua autodeterminação.

Por tudo isto, evidentemente que os representantes do PCP na AR, coerentemente, não aplaudiram a representação ucraniana.

Se a RTP, o Publico e a maioria da comunicação social tivesse reportado, informado, como devia, a história daquele país pelo menos nos últimos 20 anos, se tivesse sido, como lhe compete, isenta, já não assistiríamos a esta lamentável entrevista de JRS a tentar fazer com que PR metesse os pés pelas mãos ou se desdizesse, porque o nosso povo, assim como outros, estava esclarecido. Mas PR manteve-se sereno, lúcido e digno, provando o essencial que o seu partido, desde os tempos mais negros do fascismo sempre se bateu e continua a bater-se pelos direitos dos trabalhadores, do povo, da democracia e da paz. Custe isso o que custar. Já custou perseguição, prisão, tortura e até morte, agora pode custar, por vezes, perda de votos, mas o PCP não abdica dos seus princípios. Se o fizesse, aí sim, satisfazia os Josés Rodrigues dos Santos deste mundo e os seus patronos. Os que vivem à grande à conta das dificuldades e das guerras que impõem ao povo para satisfação das suas ambições financeiras e de domínio.

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal O SETUBALENSE


segunda-feira, 31 de março de 2025

 

( E agora chamem comunista ou putinista  a Viriato Soromenho-Marques. Um grande intelectual que desmascara os medíocres/as, Von, Kallas, Costa e Macron , Starmer e outros que estão empurrando a Europa para o abismo)


 NA GRANDE SALA DE PÂNICO EUROPEIA

por Viriato Soromenho-Marques


O único país que neste momento ameaça a soberania dos Estados da UE chama-se EUA. É doloroso ver o silêncio das instituições europeias perante a visita abrupta, não convidada, de governantes americanos à Gronelândia, como se fossem proprietários a visitar uma futura aquisição. As tropas que Macron, Merz e Starmer, insensatamente, querem colocar na Ucrânia, deveriam ser posicionadas ao serviço da Dinamarca para defesa da sua integridade territorial. Os EUA são também a maior ameaça à economia europeia, com a sua política de tarifas, que afundará ainda mais, por exemplo, o que sobra da indústria automóvel, particularmente na Alemanha.

Em fevereiro de 2008, no regresso de uma reunião em Bruxelas na Comissão Europeia, comprei numa livraria do aeroporto um livro da notável jornalista e escritora Naomi Klein, intitulado A Doutrina de Choque. A Ascensão do Capitalismo de Desastre (The Shock Doctrine The Rise of Disaster Capitalism). Durante a viagem fiquei com os olhos colados às páginas do livro. 

Análises de trinta anos de expansão mundial do capitalismo turbinado pela pulsão de morte, aquilo a que chamamos, com excessiva elegância académica, “neoliberalismo”. 

Do quintal do Tio Sam à Grã-Bretanha de Thatcher, passando pelo Iraque, África do Sul, Polónia e a Rússia dos anos 90, entre outros estudos de caso, Klein guia-nos numa viagem de horror à destruição da coesão social de sociedades inteiras pela violência pura, mas também pela desigualdade e pobreza, desenhadas por políticas públicas destinadas a enfraquecer o Estado e a privatizar a economia em favor de um sistema financeiro sem pátria nem rosto. 

Para vencer a resistência dos cidadãos, o capitalismo de desastre 

cria narrativas de estado de emergência, coartando as liberdades básicas em nome das exigências de uma situação excecional, seja o combate a forças subversivas, ao terrorismo internacional, a calamidades naturais, a crises financeiras, a ameaças bélicas, a inimigos ocultos…

Nessa altura, ingenuidade minha, pensei: “pelo menos na União Europeia nada de semelhante poderá acontecer. Aqui as instituições representativas e o estado de direito ainda funcionam razoavelmente…”.

O Inverno da austeridade europeia (2008-2016), no auge da crise do sistema financeiro internacional, revelando o modo como a zona euro foi construída em benefício de uma elite predadora e irresponsável, mostrou que o capitalismo de desastre estava também instalado na União Europeia. O mais horrível foi a grande mentira que encobriu a raiz da austeridade na Europa. 

Em vez de acusar como responsável pela crise, a ausência de regulação do sistema financeiro, instalado nos centros de poder em Washington e Bruxelas, o ónus caiu sobre o excesso de dívida pública dos Estados mais frágeis.

Foram os milhões de assalariados e as camadas mais pobres da população que salvaram os bancos e os fundos de investimento, arruinados pela ganância e sofreguidão, sem limites legais de contenção, dos seus dirigentes.

Há três anos que a UE se arruína com o seu envolvimento incompetente e imoral na guerra da Ucrânia. Agora que os EUA, os grandes responsáveis por esta tragédia, lavam as mãos e fogem, com razão, de um confronto suicida com a Rússia, na UE, líderes detestados pelo seu povo, como Macron, ou a Comissão Europeia de Ursula von der Leyen (com o seu auxiliar no Conselho Europeu, António Costa) querem continuar a alimentar a guerra com a Rússia. 

Já não para salvar Kiev, mas para que o corpo dos soldados ucranianos sirva de muralha ao ataque russo contra a UE, propagandeado como inevitável até 2030, segundo alegadas informações dos serviços secretos alemães e dinamarqueses (uma data conveniente para condizer com o plano de rearmar a Europa, apresentado pela CE, extorquindo 800 mil milhões aos contribuintes europeus).

Tudo isto poderia ser considerado delírio ou sinistra fantasia, contudo tal interpretação seria não só ingénua, mas completamente errada. O único país que neste momento ameaça a soberania dos Estados da UE chama-se EUA. É doloroso ver o silêncio das instituições europeias perante a visita abrupta, não convidada, de governantes americanos à Gronelândia, como se fossem proprietários a visitar uma futura aquisição. 

As tropas que Macron, Merz e Starmer, insensatamente, querem colocar na Ucrânia, deveriam ser posicionadas ao serviço da Dinamarca para defesa da sua integridade territorial. Os EUA são também a maior ameaça à economia europeia, com a sua política de tarifas, que afundará ainda mais, por exemplo, o que sobra da indústria automóvel, particularmente na Alemanha.

Mas para que serve este auge da Doutrina de Choque que hoje é a política europeia oficial? Qual o motivo de provocar o pânico generalizado na população da UE, com o apelo da comissária europeia para a gestão de crises, Hadja Lahbib, que no dia 26 de março assustou os europeus com a urgência de um kit de sobrevivência para 72h., em virtude do profetizado perigo iminente de guerra (1)? 

Estou convencido de que se trata, fundamentalmente, duma corrida para a frente de gente incapaz de reconhecer a sua incompetência, a sua derrota, os imensos danos que causaram ao projeto da unidade europeia, colocando o atropelo da exceção no lugar da paz e da ordem de um estado de direito e justiça social. 

Quem hoje dirige os destinos europeus, rasgou os mínimos éticos, ao ponto de preferir lançar-nos a todos no abismo de uma guerra de destruição total, do que assumir perante os cidadãos europeus a sua responsabilidade pela tragédia para onde nos empurraram.








sábado, 29 de março de 2025

Paz d ´alma

 

 

 “CARPE DIEM”

 

Embora fisicamente mais lento

A mente vai-me oferecendo versos

Tento amarrar uns quantos em sonetos

E a outros tantos leva-os o vento.

 

Tendo vivido já bastante tempo

Não me enervam os temas controversos

Que põem alguns espíritos possessos

E lhes confunde todo o pensamento.

 

Quando o coração domina a cabeça

Deixando à emoção todo o caminho

Até o mais racional tropeça;

 

Sendo mais difícil o equilíbrio

Acaba por ver-se a falar sozinho

Quem já não puder frear o delírio...

 

Amândio G. Martins

sexta-feira, 28 de março de 2025

 

A ALTERNATIVA


Devido à empresa criada por Luís Montenegro e que depois de estalar a polémica por causa da sua função de Primeiro-Ministro e as avenças recebidas que o levou a ceder a sua quota à esposa e aos filhos, à reação que provocou com apresentação na Assembleia da República das moções de rejeição, e a de apoio apresentada pelo próprio, e ainda da Comissão Parlamentar de Inquérito cujo resultado de tudo isto, foi a queda do Governo e a dissolução da AR. Agora, o que seria essencial para o povo e para a democracia, é que do resultado das próximas eleições, para além da CPI se manter ou não, e independentemente do que se apure, é que tenhamos uma política diferente. Uma política, que dê resposta aos graves problemas com que o país se depara. Problemas criados ao longo de décadas pelos governo do PSD e do PS com ou sem CDS.

Diz Montenegro que foi uma pena o Governo ter sido interrompido porque estávamos no bom caminho. A economia está bem e diversos projetos não foram implementados. E, já em campanha, afirma que voltarão a ser desenvolvidos se a AD voltar a ganhar e, melhor ainda, se com maior resultado.

Contrapõe o PS que o melhor que governo chefiado por Montenegro conseguiu, foi herança do seu governo.

Nem um, nem outro, têm razão. A realidade aí está a prová-lo. Basta estarmos minimamente atentos para percebermos que a pobreza tem aumentado. E muito. Diz quem está no terreno, por exemplo a Cáritas, que os pedidos de ajuda de pessoas a viver na rua duplicaram. Diz mesmo que já há famílias inteiras nessa triste e inadmissível situação. Diz esta e outras instituições de assistência social como o Banco Alimentar contra a Fome.

Este é apenas um exemplo do resultado das políticas de há muitos anos dos partidos do centrão. Mas, como se sabe, há tantos outros exemplos! A grave crise na habitação ou na saúde. Uma das principais conquistas do 25 de Abril, o Serviço Nacional de Saúde, não sabemos todos como está e quem beneficia com isso? Os donos de clínicas e hospitais privados.

Segundo a revista Forbes, em 2024, as 50 famílias mais ricas em Portugal possuíam uma fortuna estimada em 45 mil milhões de euros. Quase mais 5 mil milhões que em 2023. Mais dois exemplos: a Galp, maioritariamente do grupo Amorim, teve lucros de 881 milhões de euros em 2022, 1000 milhões em 2023 e 961 em 2024. E depois uma botija de gás custa mais do dobro que em Espanha. Por sua vez, o Novo Banco lucrou em 2024, 744,6 milhões de euros. Os mais elevados de sempre.

Principais responsáveis por estas assimetrias brutais, já vimos quem são. E depois de 18 de Maio? Não há alternativa? Quem é que não sabe que há? Os que continuam manipulados pela comunicação social dominante dos senhores do dinheiro, evidentemente! Vamos então fazer com que este numero diminua e dizer a essa gente que a alternativa não é entre PS e PSD. Isso é alternância. Também não é a IL e muito menos o populista e demagogo Chega. Alternativa, é à esquerda do PS. Nomeadamente a mais credível e consequente; o PCP/CDU.

Francisco Ramalho

Publicado, quarta, 26, no jornal O SETUBALENSE


quinta-feira, 27 de março de 2025

Despreza, sendo desprezível!

O líder da AD, Luís Montenegro foge ao debate, como seria normal, com alguns líderes partidários. É deplorável, revelando cobardia política e medo! Julga que despreza, tendo uma atitude desprezível! Digam àquele sujeito, que não é um debate entre partidos, mas sim entre líderes partidários. A AD, não é uma coligação, é uma ficção/farsa, porque o acólito CDS está politicamente morto há cinco anos e, só faz parte por manobra táctica de conveniência. Esta dita coligação é o PSD, que inventa uma aliança pífia com o irrelevante CDS, donde descartaram o inexistente PPM. A arrogante decisão de não querer debater com os líderes do Livre e das líderes do PAN e do Bloco é tão inusitada, contranatura e infeliz, que até é contestada por todos os outros líderes partidários. Oxalá, que aquela fuga a um dever político, seja mais um prego no caixão político, do malquisto, Montenegro. Reitero - tomara!

nos 200 anos de CAMILO CASTELO BRANCO

 






 

NÃO À GUERRA!


Sob a batuta de Macron, que anda em bicos-de-pés para tentar continuar no Eliseu, esteve ou está (não sei se já terminou) reunida em Paris, a cimeira que hipocritamente denominam por Cimeira da Boa Vontade para auxiliar militar e financeiramente o “democrata” Z. Ou seja, para fomentar a guerra até ao último ucraniano. Macron já prometeu 2 mil milhões e mais armas. Montenegro, para além do que já desembolsámos em dinheiro vivo e material, avançou com mais 205 milhões.

O pretexto para fomentar a guerra em vez de contribuírem para, através da diplomacia, acabarem com ela, é que Putin é um perigo e pode invadir, sabe-se lá, toda a Europa. Putin, cujo país a que pertence, tem “só” 11 fusos horários. E na ótica destes “crânios”, pode ainda querer mais.

Tudo o que antecedeu a intervenção da Rússia, nomeadamente o massacre de populações russófonas, como no Donbass(15 mil mortos) por pretenderem um referendo com vista à sua autodeterminação, não conta. (Referendo como houve na Crimeia). Também não conta, o facto do referido “democrata” ter ilegalizado toda a oposição. Onze partidos. Como ainda não conta, a questão do avanço da NATO para junto das suas fronteiras incluindo a própria Ucrânia. Já pensaram qual a reação destes “amantes da paz” e do império, se ainda existisse o Pacto de Varsóvia e o quisessem expandir até junto das suas fronteiras? Por exemplo, ao México.

E depois têm o descaramento de dizer que o investimento na guerra, a que hipocritamente chamam na Defesa, não influi no investimento nas inadiáveis questões sociais do Estado.

Montenegro foi lá abrir os cordões à bolsa. À nossa bolsa. E Costa, evidentemente, diz ámen! Portanto, também nesta questão, na questão da guerra, funciona a alternância PSD/PS.

Para além de tanto que os une. O essencial. convém que à boca das urnas, já no próximo 18 de Maio, os democratas ajam em conformidade.

Francisco Ramalho







quarta-feira, 26 de março de 2025

PORQUE GOSTAM TANTO DA GUERRA ?

 


Porque gostam tanto de guerra? A compensação são altos cargos na União Europeia (U.E.) e outros… Ou os cargos são em razão do gosto pela guerra.

Permanecerá sempre a dúvida se António Costa/PS, em Novembro de 2023, demitiu-se de 1.º ministro para assumir a presidência do conselho europeu. Mas é ainda pior vê-lo agora a pugnar e a agitar a apologia da guerra, ajudando à tentativa de impor um escandaloso aumento das despesas militares com um plano de 800 mil milhões de euros a pagar pelos povos U.E.

Em março de 2013 o então 1.º ministro Durão Barroso/PSD foi anfitrião da reunião conhecida como cimeira das Lages, onde conjuntamente com o presidente dos E.U.A., George W. Bush, o 1.º ministro de Inglaterra, Tony Blair e o 1.º ministro de Espanha, José Maria Aznar, decidiram a invasão e guerra no Iraque, tendo como motivo a mentira, plenamente confirmada, da falsa existência de armas de destruição massiva, provocando milhares de mortos e quase a destruição dum país. Durão Barroso recebeu como prémios a presidência da Comissão da U.E. durante 10 anos (2004-2014) e depois um cargo na presidência do banco americano Goldman Sachs International.

segunda-feira, 24 de março de 2025

RTP governamentalizada...

A RTP1, durante o telejornal, às 20 horas, no dia 24.03, publicitou uma entrevista com o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo. A governamentalização da RTP atingiu o auge: um entrevistador, Rodrigues dos Santos, encomendado, só lhe fez perguntas sobre a guerra na Ucrânia. A sério? A repetição insistente das mesmas questões(!), com irrelevantes nuances, até à náusea, sobre o mortífero conflito esgotou os escassos 10 minutos da entrevista. Um desperdício! Nem uma singela pergunta sobre o momento político actual nem sobre o galopante empobrecimento nem sobre pensões de fome nem nada! Se foi/é para este miserável jornalismo, que lutámos e lutamos por uma RTP de serviço público - é frustrante! Não precisamos de ser do PCP, para considerar este, vítima dum entrevistador industriado, a fazer serviço.... Não público, mas um orientado frete aos adversários políticos. A direcção da RTP não tem decência política!

domingo, 23 de março de 2025

Pais incompetentes e irresponsáveis

 

O  motorista de uma empresa que presta serviço de transporte escolar em Guimarães, perante os desmandos de uns quantos mariolas no autocarro, em que os transportava da escola para casa, decidiu retroceder para o estabelecimento de ensino e apresentar o caso aos responsáveis escolares; a este correcto procedimento daquele profissional, perante a insegurança em que aqueles bandalhos punham a viagem, os paizinhos dos gandulos, sem um pingo de vergonha na cara, tal a irresponsabilidade que denotam na educação dos filhos, ameaçam com uma queixa.

 

É para este tipo de gente, escória da sociedade, capaz de invadir escolas e agredir professores e auxiliares se o menino se lhes queixa que estes o repreenderam, que é preciso que haja leis de tal forma dissuasoras que nunca mais se lembrem de repetir os desmandos, antes se concentrem em aprender a ser gente e a saber educar, no que em casa é da sua competência e obrigação, aqueles de quem são os primeiros responsáveis...

 

Amândio G. Martins

 

 

sábado, 22 de março de 2025

Trabalhadores da IKEA em greve na Itália

 

Os trabalhadores da IKEA na Itália fizeram uma greve nacional de 24 horas no fim de semana, com participação superior a 80 por cento em alguns locais. A greve, convocada pelos sindicatos da UNI Global Union viu milhares de trabalhadores saírem do trabalho em 15 de março, interrompendo as operações em várias lojas. Grandes protestos foram realizados nas unidades da IKEA em Carugate (Milão), Anagnina (Roma) e Afragola (Nápoles), atraindo centenas de manifestantes exigindo salários justos e melhores condições de trabalho.

A greve foi parte de uma campanha crescente para pressionar a IKEA a renovar seu acordo coletivo, que está sem revisão desde 2018. Apesar de 18 meses de negociações, os sindicatos relatam que a IKEA recusou-se envolver em discussões significativas e rejeitou questões importantes.

A IKEA emprega aproximadamente 7.500 trabalhadores na Itália em 40 lojas, oito pontos de encontro remotos com clientes, dois centros de distribuição e sua sede. Os sindicatos levantaram várias questões, como: salário desigual, falta de progressão na carreira, protecções reduzidas para licenças médicas, trabalho obrigatório em feriados, repressão sindical e precariedade.

greve de 15 de março foi a maior mobilização até agora , após uma paralisação anterior de 24 horas em 24 de fevereiro em várias lojas da IKEA. Em 17 de março de 2025 , os trabalhadores dos pontos de encontro remotos com clientes e da sede da IKEA também aderiram à greve, aumentando a pressão sobre a empresa para retornar às negociações. Os sindicatos alertaram que, a menos que a IKEA se comprometa com negociações justas, mais esforços de mobilização seguirão . (de informação da UNI Global Union, 21.03.2025)


 


HIPOCRISIA E BARBÁRIE


O que se passa na Ucrânia e em Gaza, define bem a hipocrisia e a moral do denominado Ocidente. No leste, omitem todo o passado do conflito e armam em herói uma marioneta que deu cobertura e utilizou nazis em massacres que provocaram milhares de mortos, sobretudo em regiões russófonas como no Donbass, e ilegalizou todos os partidos da oposição (11).

Agora, por motivos estratégicos/económicos, o imperador de serviço, decide acabar com aquela guerra. Os mainatos europeus, habituados a essa indigna posição em relação aos anteriores imperadores yankees, por megalomania e estupidez, invocando o habitual principio do império de diabolizar quem pretendem submeter, querem continuar a guerra ou, pelo menos, voltar à guerra fria, recorrendo à corrida aos armamentos à custa dos compatriotas/contribuintes.

Em Gaza (e arredores), para vergonha de toda a humanidade, a barbárie continua. Um povo inteiro e um país, continuam a ser massacrados. Dia após dia, milhares de pessoas, sobretudo as mais débeis, mulheres e crianças, continuam a ser mortas ou feridas. E depois, sem assistência médica, sem alimentos, sem água potável, sem nada. Os carrascos impedem o socorro. E, já agora, o chefe dos carrascos, teve até a sinceridade de divulgar que o imperador de serviço, foi informado sobre esta última investida.

Os mainatos aqui da Europa, perante o holocausto sionista, hipócrita e cobardemente, dizem apenas lamentar. Os que dizem!

Querem maior hipocrisia e vergonha mundial, do que este miserável e tenebroso quadro?

Francisco Ramalho

quinta-feira, 20 de março de 2025

 


VERGONHA, É O QUE LHES FALTA


“Estas negociações, onde nem Zelensky nem a UE contam, revelam a justeza dos analistas, entre os quais me encontro desde sempre, que consideraram esta guerra como uma guerra de procuração dos EUA contra a Rússia, usando o território e o sangue ucranianos como instrumento.”

(Viriato Soromenho-Marques, Jornal de Letras, 5.3.25

E agora chamem comunista ou putinista ao professor Viriato Soromenho-Marques!

Entretanto, apenas lamentações desta gente que administra a UE perante o holocausto sionista que continua a arrasar Gaza provocando milhares de mortos e feridos, a maioria mulheres e crianças.

O que lhes falta em vergonha, sobra-lhes em descaramento, ao insistirem na guerra, propondo um investimento de 800 mil milhões.

Note-se que o carniceiro dos palestinianos, teve o cuidado de dizer que o patrão americano foi antecipadamente informado.

Francisco Ramalho




terça-feira, 18 de março de 2025

18 de Maio vamos ao Pelourinho


Tal como se fazia na idade média vai juntar-se a populaça para decidir se Montenegro é ou não uma pessoa íntegra.
Porém este tipo de julgamentos tanto podem ilibar um culpado como condenar um inocente.
Como pode um advogado optar por este ? não confia no outro?
Vejamos o julgamento de Cristo, que também foi feito nos mesmos moldes.
Em Mateus 27/20 podemos ler: Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à multidão que pedisse Barrabás, e matasse Jesus.
Vamos ver quem tem mais poder de persuasão.

Quintino Silva 

 

OS MILHAFRES DA EUROPA


Não lhes chamo falcões para não desvalorizar essas aves da rapina. Chamo-lhes milhafres. Não são altivas e imponentes, mas também são aves de rapina.

Os “milhafres” que tutelam a União Europeia mais o do Reino Unido, Starmer, são serviçais do império desiludidos com Trump por se verem de um momento para o outro, dispensados desse seu indigno papel. E sem a grandeza que caracteriza os que merecem a designação de líderes, meros milhafres, querem a continuação da guerra. Para isso, pretendem extorquir dos bolsos dos seus concidadãos contribuintes, oitocentos mil milhões de euros para o que, eufemisticamente, costumam designar por investimento na defesa. Na dissuasão da guerra. Ou seja, na corrida aos armamentos. Na industria da morte. Mas, desta vez, foram objetivos; “para rearmar a Europa” Porquê? Porque Trump, como homem de negócios, embora espalhafatoso e prepotente, mas não tolo, ao contrário do seu antecessor, Biden, viu que da Rússia não levava mais nada, mas sim da Ucrânia. Por isso, quer acabar com a guerra e sacar as utilíssimas terras raras (preciosas para a atual revolução tecnológica onde se incluiu a inteligência artificial) e outros minerais em que o solo ucraniano é pródigo, para rentabilizar o grande investimento que Biden e não só, ali fizeram para tentarem fazer o mesmo à Rússia que fizeram com a Jugoslávia; enfraquecê-la e dividirem-na para se tornar inofensiva e manipulável. Mas Ursula von der Leyen, Kaja Kallas, António Costa e Starmer, continuam com a justificação de que Putin e a Rússia, são uma ameaça. Que têm aspirações expansionistas.

Para haver uma guerra, claro que tem de haver um inimigo! E se não o houver, como no Iraque, Líbia ou Síria, inventa-se. Diaboliza-se o líder. Além disso, os milhafres acima referidos, que se consideram, evidentemente, democratas, afirmam a pés juntos, que pretendem apoiar financeira e militarmente outro que consideram também democrata; Zelensky. Apoiando a “sua” Ucrânia, dizem, apoiam toda a UE e a restante Europa. Zelensky, o “democrata” responsável pelo silenciamento de estações de rádio e televisão, de jornais, da maior comunidade religiosa do país, a Igreja Ortodoxa Russa e de quem não alinhasse com o seu discurso, e que para isso, foi ainda ao ponto de ilegalizar todos os partidos da oposição (onze) e de eliminar mais de 15 mil patriotas do Donbass por pretenderem o seu legítimo direito à autodeterminação. Aliás, conforme os Acordos de Minsk que não cumpriram.

Portanto, em vez de contribuírem para a paz na Ucrânia e na Rússia, preferem rearmar a Europa para continuarem a guerra. Assim como deveriam contribuir para o fim de outras guerras. Nomeadamente, a que dilacera a Palestina e agora as chacinas que, como era mais que previsível, se verificam na Síria. Este é que deveria, deve ser, o papel da UE e da restante Europa.

As guerras, beneficiam apenas os complexos militares industriais, nomeadamente, o mais forte, o norte-americano. E prejudicam o povo. Todos os povos.

Francisco Ramalho

Publicado hoje também no jornal O SETUBALENSE