sábado, 21 de dezembro de 2024

A caça aos gambuzinos

 

Não percebo a retórica da oposição com respeito ao espectáculo dado pela PSP na rua do Bem Formoso. 
Quem não deve estar nada contente deve ser Monte Negro e André Ventura, porque afinal foram à procura de estrangeiros criminosos e no meio de tantos,  os unicos que conseguiram 
encontrar motivos para prender eram portugueses.
E em verdade vos digo que o espólio da "caçada" : umas gramas de cocaína, um xizato, e umas peças de roupa contrafeita, em qualquer feira iam apanhar muitas vezes mais..
A operação acaba por ser até venturosa para os imigrantes.
Ficou demonstrado que são mais pacíficos que os nativos.

Quintino Silva

sexta-feira, 20 de dezembro de 2024

Pontos nos is


Tenho consciência de que, com este texto, poderei estar a infringir a “regra” que apreendi pouco depois de começar a participar n’A VOZ DA GIRAFA, lá pelos idos de 2015, e que dita que os posts não devem dirigir-se particularmente a alguém em concreto. Já o mesmo não se passa com os “comentários” ou “respostas”. Mas como, neste caso, não fui eu o autor do “pecado original”, vou avançar.

Tudo começou com um post de Vítor Colaço Santos (V.C.S.), a mim dirigido, em 24 de Novembro passado, referindo uma "Nota" que aparece no blogue, de que, aparentemente, ele nunca tinha dado conta, mas que está lá há vários anos. Pelos vistos V.C.S. não concorda com essa Nota e está no seu pleníssimo direito. No mesmo dia, respondi em “Comentário” e, pasme-se, essa resposta “desapareceu”, por efeito sabe-se lá de quê ou de quem. Só sei que fiquei surpreendido porque o autor do “desvio”, a existir, não fui eu e, talvez equivocado, sempre pensei que só o autor tinha possibilidades técnicas de interferir nos respectivos textos. Curiosamente, embora fora do activo, a verdade é que a minha resposta se mantém no arquivo mais “profundo” do blogue, como ainda há minutos constatei. Seja como for, V.C.S. leu o comentário desaparecido, porque, já depois de eu ter dado um “Alarme” no blogue, acabou por me responder, quer ao comentário, quer ao post. Inexplicavelmente, teceu aí algumas considerações pretensamente elogiosas a mim próprio, coisa que, nas nossas actividades bloguísticas, é perfeitamente dispensável.

No dia seguinte, V.C.S. voltou ao assunto com mais uma queixa sobre o funcionamento do blogue, alegando desta vez que lhe tinha desaparecido também um comentário ao seu próprio post “Plagiando - AlarmeII”. Curiosamente, e ao contrário do que acontece com o já referido meu comentário que também desapareceu, daquele não consta qualquer registo no tal “arquivo profundo” do blogue.

Confuso? Talvez um pouco.

A verdade é que V.C.S., no seu post “A Nossa Voz da Girafa sobe no Ranking…”, lamenta-se de que o coordenador (eu) ainda não se tinha pronunciado, pressupondo, erradamente, que eu estaria na disposição de apresentar queixa na Sociedade Portuguesa de Autores ou na Polícia Judiciária. Faz ainda alusão a uma possível ajuda técnica (se eu percebi bem…) de um familiar seu. E, de palpável, salvo erro e sem ofensa, nada mais, o que me deixou um pouco perplexo. Por isso, tomei a decisão - não sei se bem! - de me dirigir a V.C.S. por meios pessoais, através de email. Enviei-lhe três emails, em 10, 11 e 14 de Dezembro, sem sequer receber acusação de recepção e, claro, muito menos resposta às minhas questões. Fiquei na mesma perplexidade, até que a “alfinetada” apareceu, no Comentário de V.C.S. no seu próprio post, em 16 de Dezembro. Não poderia deixar de reagir, em tom obviamente desagradado, o que fiz em 17 de Dezembro e, como aí anunciei, aqui estou para, no meu ritmo, dar continuidade ao assunto. 

Uma coisa é certa: não sou jurista nem informático. Sou um generalista que gosta da Girafa e que se predispôs a assumir o “cargo” de facilitar, dentro dos meios possíveis, o acesso de membros ou candidatos a isso, à participação no blogue. E penso que mais não deveria ser preciso. Mas, naturalmente, estou aberto a discutir quaisquer ideias e sugestões, para as quais convido todos a pronunciarem-se. 

Também é certo que não considero este assunto como um possível prenúncio do fim do Mundo. Aliás, não lhe atribuo importância suficiente para com ele se perder tanto tempo e atenção. Pequenos problemas, por definição, não são grandes. Além disso, quem lida com computadores, nem que seja apenas como dactilografia ou pouco mais, sabe que os contratempos estão sempre a aparecer, e, na maioria das vezes, com mais ou menos umas voltas, eles lá se resolvem. Por mim, não estou disponível para acalentar qualquer teoria conspirativa. Feliz ou infelizmente, o blogue tem a dimensão que se conhece e é bom mantermos a noção da nossa real importância.

Quem sabe se, com um coordenador mais eficiente e proactivo, o alcance do blogue não seria muito maior? Pensem nisso.       


quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Desagregar freguesias, pois claro!

O troikista manhoso, Miguel Relvas, PSD, mau ex-ministro, agregou freguesias para «reduzir custos». Na freguesia, infelizmente agregada onde resido, foi uma dor de alma, ver tanta gente antiga e simples 'às aranhas', porque saloios do campo e não só, com falta de literacias básicas... Querer poupar à custa das classes mais baixas é inqualificável! No limite, porque tendo feito mossa, poderá ser criminoso. Sei do que falo - vi, ajudei e escutei. O PSD é anti-social, quando se trata de servir as pessoas, mais débeis economicamente, não o faz. Aquele, enquanto ex-deputado, fez viagens fantasmas recebendo dinheiro como se as fizesse. Roubou o erário público e, que se saiba, nada lhe sucedeu... fazia parte do bloco central de interesses. Fez sentido. Num país com justiça una tinha ido preso! Hoje é um televisivo comentador do óbvio e, quem o ouvir falar não o leva preso...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

À lealdade opôe-se a impostura

 

 REZAS E CONVENIÊNCIAS

 

Rezem ou não como lhes der na gana

Sem se medirem no que os outros rezam

Nem qual a religião que professam

Porque havendo Deus ninguém o engana.

 

Que deixe a gente má de ser sacana

Se é por isso que os demais a segregam

Os que os direitos dos outros sonegam

Como podem querer ter boa fama...

 

Há quem finja rezar para ser visto

Sem qualquer convicção e compromisso

De querer ser uma boa pessoa;

 

O que reza a pedir pelos negócios

E usa o seu culto com tais propósitos

Ofende Deus e mente à gente boa...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 17 de dezembro de 2024

 

UM TRISTE NATAL


Cá pelo burgo, este natal não vai ser melhor que os anteriores. Os ordenados e pensões de reforma não acompanham o aumento do custo de vida, a assistência na saúde não melhorou. Antes pelo contrário. O Serviço Nacional de Saúde continua a degradar-se a favor dos privados, e quem não tem possibilidade de recorrer a eles, o que é a grande maioria dos portugueses, vê a sua saúde, tal como o SNS, degradar-se.

A caridade, o peditório do Banco Alimentar Contra a Fome e outras instituições do ramo, continua a substituir-se à Segurança Social e ao Estado para encanar a perna à rã à pobreza, pelo menos agora nesta quadra.

Temos até uma inovação. Uma triste inovação. Essa chaga social que é a violência doméstica, segundo o mais recente relatório da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) que o jornal Púbico do dia 11 deste mês dá grande destaque, aumentou mesmo contra os homens e acontece em casais heterossexuais.

Os pedidos de ajuda de homens vítimas de várias formas de violência atingiram 6545 casos em dois anos. As mulheres representam 75% do total de pedidos de ajuda.

Por cada pedido de ajuda de uma vítima homem, a APAV acredita que existem outros dois casos desconhecidos das estatísticas.

Na APAV, os pedidos de apoio por parte de homens cresceram 17% entre 2022 e 2023. No ano anterior, tinham aumentado 15%.

Houve ainda 2176 pedidos de ajuda de crianças e jovens que já estão ou irão estar com processos aberto nas comissões de proteção de crianças e jovens (CPCI).

A aumentar, está também a violência acima dos 65 anos. Nestes casos, não chegam do próprio ou de familiares- que são muitas vezes quem os maltrata- mas de juntas de freguesia, entidades de ação social ou polícias. Quem violenta o homem idoso, por se encontrar numa situação de dependência, são filho, filha, neto ou neta. O que leva a isso? “Dinheiro, não permitir a pessoa tomar decisões, o controlo, a manipulação, a colocação do idoso em lar contra a sua vontade, a que chamamos sequestro em lar acontece muitas vezes”, expõe o responsável da APAV.

Se é este o triste quadro nacional que a APAV divulga e que transcrevemos do Público, que dizer lá fora! Não bastavam as guerras na Ucrânia, no Médio Oriente e o genocídio em Gaza, agora, mais um país, tal como a Líbia, o Iraque ou o Afeganistão, a caminho do caos; a Síria. É o culminar de anos de sanções e ingerências na Republica Árabe Síria pelos EUA, Israel e Turquia. E ataques de grupos terroristas por eles apoiados, com ligações à Al Qaeda e ao Estado Islâmico (e a Irmandade Muçulmana) apresentados agora pelos moralistas do Ocidente como moderados opositores ao então regime daquele país de grande importância estratégica e rico em recursos petrolíferos, mas que não pactuava com eles. Essa é sempre a verdadeira razão da ingerência.

Portanto, caros leitores, não lhes posso desejar um feliz Natal. Mas desejo-lhes o melhor possível. Saúde e disposição para, de qualquer forma, contribuirmos para um país e um mundo melhores e mais justos.

Francisco Ramalho


Publicado hoje no jornal O SETUBALENSE


CTT NÃO SE RESPONSABILIZAM PELO CORREIO NORMAL

 


A meio do passado mês de Outubro foram-me enviadas, via CTT, pelo menos quatro cartas, duas de entidade bancária, uma da Autoridade Tributária e outra dos artistas pintores das Caldas da Rainha. ATÉ À DATA NRNHUMA ME FOI ENTREGUE.

No final do passado mês de Novembro reclamei no livro dos CTT de Vila Nova de Gaia, depois de também o ter feito por e-mail que descobri na página da internet dos CTT.

Através do Apoio e Voz do Cliente dos CTT transmitiram-me: «Informo que, lamentavelmente, as averiguações no sentido de apurar o paradeiro de objetos não registados revelam-se infrutíferas. Devido ao volume de tráfego, nem sempre é possível garantir o cumprimento dos padrões de qualidade definidos, para a totalidade dos objetos. Tratando-se de objetos não registados (não deixam vestígios da sua passagem no circuito postal), torna-se muito difícil apurar em que fase do seu tratamento poderá ter ocorrido alguma anomalia. Acrescentaram ainda, que tratando-se de correio normal, como diz o Apoio e Voz do Cliente, «o que impede o acompanhamento da carta. Neste caso é impossível confirmar o que aconteceu».

Respondi que «entendo que os CTT deviam informar os utentes, de forma clara e transparente, QUE NÃO SE RESPONSABILIZAM PELA ENTREGA DE CORRESPONDÊNCIA ENVIADA POR CORREIO NORMAL». 

É mais uma má consequência da privatização dos CTT.



O inexplicável e inaceitável preço do gás de garrafa


Se para a diferença do preço do combustível para os automóveis entre Portugal e Espanha ainda podemos aceitar uma justificação, como seja o IVA ou até uma questão de escala, diferença essa que ronda os 15%, já para o gás de garrafa a diferença é de 100%.
Sr. primeiro ministro veja se é capaz de me explicar isto, e não me venha com a conversa do governo anterior.
Também é inaceitável pois o gás canalizado já está nas cidades, também está chegando às vilas, mas às aldeias não vai chegar e é onde vivem os mais carenciados.

Quintino Silva

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Montenegro (ou Monte-negro?) mente com todos os dentes!

O chefe do desgoverno teve a ousadia e o embuste, ao dizer: «Portugal é o farol da estabilidade política, social e financeira»(!). Farol? O PPD/PSD, o partido maioritário do executivo, com 29% dos votos(!) e, na corda bamba parlamentar, teve de se socorrer do politicamente morto, CDS e do PPM, inexistente, para formar uma AD, endireitada e extremada. A hierarquia do PS, do bloco central dos interesses, deu-lhes umas botijas de oxigénio, caso contrário, tinham ido borda fora, pois claro! Farol da estabilidade social? A sério? Mas, você, julga-nos parvos, acéfalos, acríticos,.... A sua falta de decoro e respeito, por nós, despossuídos, olhe que é.... E pecado! Os sem-tecto, só em Lisboa, subiram nas estimativas e, tendo agora, ido à capital, em cada rua/avenida há um T0, feito de cartão e de paupérrima pobreza. Em suma: fica-lhe mal, muito mal falar de poleiro sem sair do gabinete. Estabilidade financeira, sim. Sois um garante competente da finança, porém, ponham-se com orelhas alçadas, já têm mais dois partidos da extrema-direita, a fazer-vos concorrência. Um queque/«envernizado», outro proto-fascista. Um proletário que viaja no autocarro, a propósito daquela pérola cimeira, diz-me: ''este primeiro-ministro é mais do que uma negação. Não frequenta a realidade. Bem-vestido, bem comido, de cu tremido, bem remunerado, com casarão em Espinho, vive numa bolha». Subscrevo! Afinal, somos felizes e não sabíamos, Portugal transformou-se, milagre!, num rio de leite e de mel. Extraordinário!

Chaminés Algarvias

Em conversas com amigos, reiteradamente ouço que viajar é inevitável, por proporcionar emoções e experiências. De facto, conviver com novos destinos transforma a alma num rito de passagem, pois, em cada sítio visitado, esperamos uma surpresa agradável que poderá provocar em nós a imagem da leveza, talvez um sol de cor e rotação diferente para uma pessoa que já não é a mesma desde o ponto de partida. Nesta vida de turista, há diversos sentimentos vividos que revelam formas embutidas no imaginário.      

Com uma sensação agradável, não posso ignorar as protagonistas principais destas linhas: as típicas chaminés que simbolizam uma riqueza artística e cultural algarvia imensurável. Elas são uma presença constante nas fotografias deste viajante que, um dia, foi residente em Faro para aperfeiçoamento na Universidade do Algarve. Aqui relembro o primeiro contacto com a chaminé algarvia, um momento de calmaria que marcou o meu olhar. Esse símbolo ofertou beleza aos meus olhos e está no prédio da Escola Básica Ria Formosa, localizada na Praça dos Bombeiros, em Faro. Da varanda do apartamento no sétimo andar que foi a minha primeira morada, por vezes ela foi notada – houve vários momentos difíceis de descrever o que senti, mas confesso que fui seduzido. 

A partir desse primeiro contacto, passei a observar outros factores nas viagens entre o Guadiana e Sagres. Nas fotografias produzidas em cada itinerário, as chaminés surgem como desenhos de capas de livros, cenários de beleza própria que albergam valores vividos e envolvidos pelas minhas emoções em suas formas amarradas a uma geografia de recônditos mistérios. Ciente de uma tradição profundamente enraizada na paisagem cultural algarvia, esse património de toda a gente alcançou além-fronteiras. 

 Nas deslocações pelo Algarve, jamais me privei de depositar o olhar e a lente da câmara fotográfica ou do telemóvel nas tradicionais chaminés, mas nunca me atrevi a escrever sobre esse símbolo de arte marcante até aos dias de hoje. Ousei, mas não encontro um vocabulário para concluir, devido à inexistência de palavras para tamanha ousadia; por conseguinte, apenas pontuo que essas chaminés são inolvidáveis diante da relevância estética na espreitadela de quem visita este destino turístico internacional.

Fonte: SANTOS, J. C. V. JORNAL A VOZ DE LOULÉ, ANO 71º,  N.º 2042.

domingo, 15 de dezembro de 2024

Um criminoso condenado na presidência dos EUA

O Mundo já está a virar 180º para pior. Isto vai acabar muito mal e, quem não está preparado, arrisca sériamente ir pelo ralo abaixo. Foi eleito para a presidência dos EUA, um criminoso condenado, também, xerife do Planeta, com malfeitorias cortantes sobejamente reiteradas e reconhecidas! Há que reagir e lutar contra esta barbárie nacional-fascista que aí está e, nos quer quedos, submissos, mansos e amedrontados como convém. Urge matar o medo! Vivemos numa época, com valores perfeitamente invertidos, com a conjugação do verbo ter em primeiro lugar, sem fazer e antes de estar\ser. O verbo amar, o primeiríssimo, não pode ser escondida pela subliminar catequese nem pela vergonha.... Devemos ter vergonha, da nossa própria vergonha! O, ainda, presidente Biden, errou deliberada e grosseiramente, ao indultar, incondicionalmente, o seu filho, abrindo todas as portas para que Trump perdoe os anti-democratas arruaceiros fascistóides e criminosos, que invadiram e atacaram o Capitólio. Jamais esqueceremos, que foi Trump o instigador, que provocou mortos!

"Manos límpias"

 

Lê-se no JN que o deputado Diogo Pacheco de Amorim, que na presidência do Parlamento ocupa o lugar que cabe à Direita ultramontana, tendo por isso direito a carro oficial e motorista, apresentou uma despesa de 602 horas extraordinárias de trabalho daquele condutor, desde março até agora, mais 400 do que o limite legal, dado que o limite estabelecido são 200 horas por ano; não se conhecem as explicações que para tal despautério terá dado a dita figura, se é que as deu, mas sabe-se que pertence àquela casta de gente que em Espanha se vangloria de “manos límpias”, apesar de lhes ser bem conhecido todo o tipo de falcatruas,

 

 Sabe-se que o líder do partido do referido senhor, tendo sido funcionário das Finanças, quando se viu conhecedor de todos os truques fraudulentos usados pelos que fogem ao cumprimento das suas obrigações fiscais, demitiu-se para se estabelecer por conta própria, ganhando dinheiro a facilitar a vida àqueles cidadãos “exemplares”; e quando o figurão apregoa querer limpar Portugal, o que eu penso ao ouví-lo é que há-de querer “limpar” aos portugueses a dignidade que a democracia lhes concedeu, tendo em conta o que disse quando se viu com cinquenta deputados, que seriam a “vingança” do anterior regime nos cinquenta anos do 25 de Abril...

 

Amândio G. Martins

 

 

sábado, 14 de dezembro de 2024

A «bipolaridade» do astuto Marcelo

A tvi, ex-propriedade da igreja católica, ao sair da órbita clérical, deixou muita boa gente a gritar. Perderam todo o seu dinheiro, muitos com poupanças de uma vida inteira. Falou-se, que tantos cometeram suicídio! Não é caso para menos....Falamos da hierarquia da igreja, cúmplice, que «diz», façam o que eu digo, não façam o que eu faço(?!). Isto é o cúmulo da, mais do que hipocrisia... e, nada lhe aconteceu, pudera! Eram e são um Estado dentro do Estado(!). A tvi, promoveu Marcelo Rebelo de Sousa, como se fosse um «sabonete» e, este a camuflar, (o Povo diz, e bem 'a armar ao pingarelho'), guindou-se à presidência da República. Nunca deixou de ser comentador do óbvio. A diferença para o pior, presidente Cavaco, é culto, livresco, porém, reacionário como este, de forma - versão português suave. Perfila-se, um siamês, Marques Mendes, politicamente anão, agora no órgão lateral do PPD/PSD - a SIC, a promovê-lo como o mãos-limpas.... De momento, presidente(AD), presidente da AR(AD) e primeiro-ministo(AD), com o loquaz, Marcelo, para quem tinha dúvidas, tirou deliberada-mente a cosmética!

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

 

A EUROPA POR MAUS CAMINHOS


Foi triste, muito triste, ver António Costa, mal tomou posse do alto cargo na União Europeia para que foi investido, deslocar-se imediatamente a Kiev para abraçar o homem de mão do imperialismo norte-americano. O “democrata” que ilegalizou todos os partidos do seu país com exceção do seu e outro da extrema direita. O ambicioso que afogou num banho de sangue (15 mil mortos) as pretensões legítimas da população russófona do Donbass para dar cumprimento aos ainda mais ambiciosos do outro lado do Atlântico, na sua ânsia de hegemonia global.

A velha Europa, do Cabo da Roca aos Urais, tem tudo para ser uma potência neste novo mundo multipolar. Tem saber e potencial. Mas devia ter unidade, cooperação com os seus vizinhos, com toda a comunidade internacional e independência. Não devia submeter-se.

Na extensa entrevista que concedeu ao jornal Público de 29/11/24, António Costa aponta o dedo acusador à Rússia responsabilizando-a pela guerra na Ucrânia, sem fazer uma única referência à sua origem há dez anos, com responsabilidades dos EUA e da UE e não mostrando nenhuma disponibilidade por parte da UE, à única maneira de como deve terminar; pela diplomacia.

“O compromisso da UE com a Ucrânia é para a guerra, para a paz e para a reconstrução”.

Esta guerra que podia ter sido evitada e que agora é premente que cesse, só tem prejudicado a Ucrânia, a Rússia e a UE. Quem ganha com ela, são os EUA. A sua industria de armamento e dos combustíveis. As inúmeras sanções aplicadas à Rússia, o rebentamento do gasoduto (nord stream) que abastecia a Europa, tiverem efeito boomerang em relação aos países da UE que passaram a comprar o gás muito mais caro aos EUA. Que, como se constata, ganha em todos os tabuleiros com prejuízos tremendos para a UE.

O grande apelo de Costa, assim como dos seus correligionários dirigentes da UE, do secretário-geral da NATO (o atual e o anterior) e do Reino Unido, é à corrida aos armamentos. Que, eufemisticamente, designam por indústria da Defesa.

“Há uma enorme oportunidade para robustecer uma indústria (da Defesa) que, como sabemos, tem sido um motor fundamental de modernização do conjunto do sistema. Não há Europa da Defesa sem uma participação activa do Reino Unido”.

Sobre essa imensa vergonha que é o genocídio do povo palestiniano que EUA apoia e UE cala, nem uma palavra. A Amnistia Internacional denuncia; matam-se civis à bomba e à fome, famílias inteiras, a chacina já vai em quase 50 mil. E questiona, que espera mais a Comunidade Internacional para tomar posição enérgica perante o que classifica como a tentativa de Israel de dizimar em parte ou na totalidade, aquele povo.

Na altura em que escrevo, os ataques à Síria intensificaram-se pelos grupos terroristas reforçados, alguns ligados  à Al Qaeda. Os “amigos” da Ucrânia, chamam-lhes apenas rebeldes, e não os condenam.

A guerra só prejudica os povos. A corrida não deve ser aos armamentos, mas sim à paz e a uma vida digna para todos os seres humanos. Há meios para isso.

Francisco Ramalho


Publicado hoje também no jornal O SETUBALENSE

O que vale a pena

 

 SERENAMENTE

 

A ocupação retarda envelhecer

A mente daquele que já é velho

Se aceitar o assisado conselho

Que recomenda ter sempre o que fazer.

 

E quem cultiva alegria de viver

Não gasta o tempo a olhar o espelho

E até a chata dor no joelho

Na boa disposição faz-se esquecer.

 

E o que parece insignificante

Pode mostrar-se noutra perspectiva

E revelar-se muito importante;

 

Quem se gastou em sonhos de grandeza

Não teve como desfrutar a vida

Perdendo do que é simples a beleza.

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

POBREZA, SEM ABRIGO, etc.



Os sem-abrigo em Portugal serão mais de 13 mil, em crescimento constante.

A cidade do Porto terá mais de 600 pessoas sem-abrigo e recentemente o seu presidente Rui Moreira e a maioria do seu executivo camarário rejeitaram rever e melhorar o plano de contingência para os sem-abrigo.

A propósito dos sem-abrigo que ocupam as portas do Teatro S. João, na Rua de Augusto Rosa e Travessa do Cativo, o presidente do conselho de administração do Teatro Nacional de S. João, no Porto, em Setembro último, anunciou que se estava a trabalhar para promover a sua integração. No início do corrente mês de dezembro tal ainda não acontecia.

O Presidente da República Marcelo, em outubro último, repetiu o que vem comentando desde 2018, «fazer tudo para num prazo razoável erradicar esta ferida social» dos sem-abrigo». Na mesma altura o PR também comentou que «a pobreza é um fracasso numa sociedade». Portugal terá mais de 2 milhões de pobres e a taxa de risco de pobreza teve o maior aumento dos últimos anos passando para 17%.

Nos 50 anos do 25 de Abril de 1974, a pobreza, os sem-abrigo, etc. (salários insuficientes e pensões baixas, falta de habitação, falta de rede pública de creches e lares, dificuldades no acesso à saúde e à escola pública, etc.), são vergonha e consequência duma política de direita, que há mais de quatro décadas governos e deputados do PSD e do PS, revezando-se no exercício do poder político, têm praticado não resolvendo e agravando problemas nacionais. O Orçamento de Estado da AD aprovado recentemente vai no mesmo sentido, não resolvendo problemas e agravando desigualdades. Sem uma ruptura com a política de direita e o surgir duma alternativa que defenda os valores do 25 de Abril e o desenvolvimento do País, não sairemos da cepa torta.