segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Orçamento do Estado para 2022 chumbado?!

 O alarido e o dramatismo que se tem feito à volta do OE-22 tem sido ensurdecedor. São os partidos de direita e extrema-direita, a reivindicarem ainda mais benesses para a iniciativa privada e, por aí fora. São os comentadores do óbvio, destas áreas, de forma aberta e escondida a tecer loas aos empregadores e à sua capacidade de criar riqueza... Esta cria-se, sobretudo, com trabalhadores valorizados na sua ampla vertente: Direitos, garantias e melhores salários, que se lhes assistem por direito próprio e que o ex-operário, António Saraiva, patrão dos patrões nem quer ouvir falar(!). Curioso: As confederações patronais aceitaram desculpas de António Costa, na Concertação Social, mas sabiam das medidas do torniquete troikista das leis laborais, há quase uma década em prática... No fundo, radicalizando, esta gente quereria dar ao fim de cada dia «uma malga de arroz» aos trabalhadores «escravos»(!). Confiram com os imigrantes de Odemira.

Sabemos que o PCP vai votar contra o OE-22, porque dimanação do seu Comité Central. Faz sentido, já que muitas medidas aprovadas e inscritas no OE-21, nem foram implementadas e, por este andar o poucochinho que, PCP, PEV, PAN e BE conseguiram agora, do governo, voltam a arriscar que fiquem na gaveta. Friamente: Para 90% dos portugueses, o OE-22, passa-lhes ao lado(!), porque há muito que estão em 
crise e com ou sem OE-22, irá agravar-se!  

O cenário de eleições antecipadas está montado... 
Se, o BE votar contra é o «salvador da pátria». A direita e extrema-direita, num cenário de eleições antecipadas vão cavalgar demagogias com lágrimas de crocodilo, salivando, na expectativa dum bom resultado eleitoral. O presidente da República exultará nos corredores, de braço dado com as confederações patronais... Caso, se abstenha, o OE-22 não é chumbado e adia o sofrimento do Povo...
Marcelo Rebelo de Sousa, afilhado e delfim de Marcelo Caetano, diz não poder comentar a vida dos partidos, mas sempre comentou entre-linhas.
Meteu medo com eleições antecipadas, caso a esquerda não aprove o OE. Depois agiria em conformidade. Já disse tudo e o seu contrário. Em que ficamos?
Sobre as benesses incalculáveis dadas às confederações patronais nada diz. A «bipolaridade» em Marcelo é uma constante extraordinária!

Vítor Colaço Santos 
 




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