sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Grande azáfama

 

Os socialistas espanhóis, não tendo vencido as recentes eleições, mas ganhando mais alguns deputados do que tinham conseguido nas de há quatro anos, como não sofreram o “batacazo” eleitoral que algumas pitonisas lhes auguravam, e vendo que a Direita somada não tinha a maioria necessária, ficaram cheios de moral para tentar continuar a governar, bastando entender-se com aqueles com quem já o tinham feito.

 

Assim, já ontem deixaram Feijóo com cara de tacho, ao elegerem para a presidência da mesa do Congresso a sua deputada Francina Armengol, ele que contava com os votos de Vox para lá colocar Cuca Gamarra, mas como a extrema Direita também queria colocar um dos seus numa vice-presidência, e Feijóo queria o maior número de lugares para o seu partido, não apoiando a pretensão de Vox, este partido não lhes deu nenhum voto para Gamarra, ficando esta com uma “tromba” igual  à o líder.

 

Vencido o primeiro “round”, Sánchez tenta agora acertar agulhas para poder apresentar ao rei garantias suficientes para governar, mas como os catalães “Juntos por Catalunha”, de quem precisa apoio -  mas de que o “fugado” Puigdmont é o ideólogo-mor, apesar de exilado -  se fazem caros, exigindo o que Sánchez de forma alguma lhes poderá sequer prometer, porque a Constituição lho não permite, vai continuar a incerteza até à última hora, a menos que consigam os votos da “Coligação Canária” que, oscilando entre Sánchez e Feijóo, ainda não se comprometeu com nenhum deles.

 

E Feijóo vem insistindo num discurso de pressão sobre o rei, afirmando que, tendo ganhado as eleições, é o que tem direito a ser nomeado, mesmo sabendo que o mais certo é ser chumbado no Parlamento, porque prefere mil vezes uma repetição eleitoral do que voltarem ao que eles chamam “Governo Frankstein”, por comparação ao que aqui chamavam ”geringonça”...

 

Amândio G. Martins

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