quinta-feira, 15 de outubro de 2020

A saúde em carta aberta

A propósito da carta aberta que o bastonário da Ordem dos Médicos endereçou, de parceria com alguns antecessores, à actual ministra da Saúde, ouvi o ex-ministro Adalberto Campos Fernandes manifestar alguma simpatia, rejeitando-lhe quaisquer motivações de ordem corporativa. Quero sinceramente acreditar que assim seja porque, independentemente das argutas alusões ao sector privado, partilho das mesmas preocupações dos signatários quando penso nos défices de investimento a que assistimos durante anos a fio no Serviço Nacional de Saúde, e que, ao que parece, não terão terminado, apesar do ambiente de pandemia em que temos vivido. Se os problemas apontados têm origem na exiguidade dos dinheiros públicos, não tenho dúvidas de que o País compreenderá o endividamento que for necessário. Se se trata de outras causas, designadamente no que toca a faltas de coordenação ou organização funcionais, não se compreenderá que os serviços falhem no tratamento de todos os doentes, sejam ou não covid. 
Expresso - 17.10.2020

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