domingo, 18 de outubro de 2020

MIGRAÇÕES INDESEJÁVEIS


Pequeninos mas assustadores...

 

 

Como nasci e cresci numa aldeia, desde que me conheço que fui picado por vespas e abelhas, e nunca corri perigo de vida por isso, como aquele que nos mostram notícias frequentes de pessoas picadas de surpresa, quando trabalham no campo ou fazem jardinagem, que acabam por morrer sem que haja tempo de as socorrer, por serem alérgicas ao veneno daqueles bichinhos; mas cedo aprendi que, enquanto as abelhas -  menos assustadores que a vespa e importantíssimas para a sobrevivência da especie humana -  deixam no corpo da vítima o “ferroto” e morrem de seguida, a vespa pode picar muitas vezes quem a incomoda e mantém a “ferramenta” sempre pronta a continuar, com agravante de poder ser muito mais infeccioso o veneno injectado, porque enquanto o “pasto” das abelhas são as flores, as vespas pousam em tudo quanto é porcaria, incluindo animais putrefactos.

 

E como se isto já não fosse suficiente, tivemos em 2011 a invasão da “velutina”, dita vespa asiática, que terá entrado pelo meu distrito e depressa se espalhou pelo território, com excepção de Beja e Faro, segundo se lê no JN, coisa que me parece interessante dever ser investigada porquê só aí é que não têm aparecido ninhos que, ao todo, já foram contados  53 797 deles espalhados por todo o lado; entretanto, como se ainda fosse pouco, apareceu uma outra vespa, dita dos castanheiros que, na primavera, deixa estas árvores infectadas com os ovos que coloca nos rebentos novos, atrofiando de tal forma a árvore, de baixo a cima, que ela vai definhando de ano para ano até morrer, por mais robusta que seja, como já me aconteceu com um, tendo mais três a caminhar para o mesmo destino...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

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