sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Ninguém diga que está bem

 

Esta não lembraria ao diabo...

 

 

Aqui há uns tempos, procurava eu no “trastero” cá de casa uma coisa que me fazia falta, encontrei embrulhada em teias de aranha uma misteriosa caixa de cartolina, em cujo interior estava um aparelho que me deixou algum tempo a pensar que raio de coisa seria aquilo; e olhava para o objecto, que mais me parecia uma calculadora de balcão, até que cheguei à conclusão que não era mais nem menos que o meu primeiro telefone portátil, pesadão, com uma antena que se puxava sempre que era preciso atender ou fazer chamada, e que naquela altura, aí por meados da década de noventa do século passado, me custou uma pipa de massa, mas que me vi “forçado” a comprar para poder responder mais depressa às mensagens recebidas no “pager”, sem ter de ir à procura dum telefone a uma estação de correio, que muitas vezes estava longe do local onde me encontrava.

 

Os telefones celulares são hoje um objecto corriqueiro, tendo-se vulgarizado de tal forma que começam a ser insuportáveis; e, no que me diz respeito, não tendo aderido às inovações que vão surgindo à velocidade da luz, nem vendo que possa vir a fazê-lo, pois só uso o rudimentar que tenho para atender as chamadas que me façam, raramente para fazê-las eu, sequer ando com ele no bolso, o “senhor Governo” vai ter que me oferecer um - desses modernaços tão “inteligentes” que deixam muito boa gente a deitar fumo pelos ouvidos até perceber o que querem -  com aquela aplicação que estão a pensar obrigar toda a gente a ter...

 

 

Amândio G. Martins

 

 

2 comentários:

  1. Estão a pensar. Mas muito mal. Pela minha parte, só à força virei a aderir. Mas espero sinceramente que não se chegue a essa maluqueira. Mas isto de maluqueiras é muito contagioso...

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  2. Pois é; e até o uso obrigatório de "mascareta" nas ruas me parece excessivo, salvaguardando os casos em que por elas circulem multidões, como nos grandes centros urbanos, sobretudo nas horas de ponta...

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