terça-feira, 6 de outubro de 2020

Prémio Nobel: chamava-se "não A não B"...

 Já eu era gastrenterologista pediátrico - e portanto homem maduro - era assim, pela negativa,  que se chamava ao vírus que provocava uma das hepatites infecciosas, mas não "existia" caracterizado molecularmente e que só na década de 80/90 do século passado passou a ter a o nome da terceira letra do alfabeto. Desde há uma meia dúzia de anos é tratável com uma "droguinha" entretanto descoberta, com quase 100% de cura. Ontem, muito justamente, foi atribuído o Prémio Nobel aos três cientistas que o foram trazendo "à tona " do conhecimento e deram azo ao sucesso da "nossa" vitória em Saúde Pública. O tempo é lento mas este é um exemplo de que o rigor em investigação científica vale a pena. Ao contrário da pressa "trumpista", ignorante e egotista mas, imensas vezes, convencida que "zás, pás, cataprás" e.... "prontos". Pelo caminho, não se descobriu tratamento eficaz para a hepatite B mas.... descobriu-se uma vacina que, dada em tempo certo, evita o seu aparecimeno. A hepatite A, essa. "tadinha", é tão benigna que, mesmo havendo vacina, é, quase sempre, anódina e evitável com cuidados de saneamento e higiene pessoal. Viva a ciência e ... abaixo o Trump e seus sequazes e.... sequelas.

Fernando Cardoso Rodrigues

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