sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Aristides e Auschwitz

A poucos dias de se comemorarem 68 anos da libertação do campo de extermínio nazi de Auschwitz (27 de janeiro),na Polónia...
Há que lembrar. Não se pode esquecer. Não se pode repetir. (Mas, efetivamente, sim. Repetem-se noutros lugares crimes contra a humanidade tão cruéis como em Auschwitz).
Ainda se registam, 70 anos depois, casos (muitos) de intolerância e perseguição religiosa, genocídio, "extermínio", trabalhos forçados  e  massacres contra seres humanos por estes serem «diferentes».  
"Cerca de um milhão e meio de homens, mulheres e crianças, na sua maioria judeus, mas também, entre outros, ciganos, prisioneiros de guerra russos, polacos e presos políticos, o nome de Auschwitz é hoje um símbolo do maior crime cometido contra a humanidade", escreveu hoje no Público a historiadora e membro do CA da Fundação Aristides de Sousa Mendes, Irene Pimentel.
Segundo consta, 1,1 milhões de judeus foram assassinados. 
Aristides de Sousa Mendes, esse orgulho português, "decidiu que, contra as ordens de Salazar, daria milhares de vistos a todos os que os solicitassem, sem praticar discriminações de carácter religioso, político ou “rácico”.
Não se pode esquecer Aushwitz, nem a bondade de homens como este. Não podemos ser indiferentes ao mal, mas há também que valorizar e premiar o Bem. Há que fazê-lo. Cada vez mais o bem-comum está na ordem do dia. 
Os sobreviventes de Aushwitz e do Holocausto vão partindo e será mais difícil acreditar na barbaridade que se cometeu. Mas ficam os testemunhos escritos e as histórias que judeus e outras vítimas contaram aos seus descendentes e amigos.
Ainda custa acreditar que tal aconteceu de tão monstruoso. 
Antes não fosse verdade.
Mas foi. E hoje sabemos que isso pode acontecer. Basta estar atento às notícias (o nosso tempo).
Tem que se contar aos mais novos, não obstante os problemas que já nos sobram.

(texto publicado na secção Cartas do Leitor do JN a 28/1/2013)

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