Sempre que posso, gosto de
ouvir o filósofo José Gil. E uma coisa retive do que lhe ouvi, acerca da
calamidade existencial que se abateu sobre Portugal, pelo menos, nas duas
últimas décadas, pelo que, ficou (ficamos) dependente do exterior como um bebé,
que só por si não vingaria (viveria).
Também penso muitas vezes na
simplicidade doutrinal e vivida do saudoso e querido professor Agostinho da
Silva, o qual, (enquanto) falando com o seu gato nunca sentiu o desaforo dos
homens que o molestaram, desterrando-o.
Também eu, com os meus três
gatos – o fulvo Brilhante, a siamesa Nina e a esquiva Tucha, mais a sentimental
cadela Teca e a imaculada rola Quica, dialogo (dialogamos) acerca do tenebroso
OE para 2013 e por aí adiante, e chegamos sempre à animalesca conclusão de que
o pior de tudo não é o OE, o pior é estarmos (Portugal está) paralisados, sem
rumo e sem norte, completamente à mercê da estranja, porque os destinos da nação,
anos a fio, foram entregues a falsários da pior espécie.
Agora, até o provérbio ‘vão-se
os anéis fiquem os dedos’ entrou em desuso e está completamente incompleto de
sentido.
Assim, perante a actuação de
tais sanguessugas e vendilhões do povo, deve ter a seguinte redacção: vão-se os
anéis e até alguns dedos, pois cada mão tem dedos a mais’.
José Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.