Já não vejo o campo chamado de ‘A Cerca’
Ser lavrado com o arado e bois do senhor
Crisóstomo,
Nem vislumbro qualquer avezita comendo
vermes vindos à tona,
Após o revolver da terra fecunda de
outrora.
Agora, vejo possantes e ruidosos
tractores fazendo o mesmo
Na sofreguidão de um volver de terras
toscamente lavradas,
Em que tudo é feito a modos de sem amor
nem alma,
Em que o tempo urge e já não chega.
Tudo está a ficar descartável e obsoleto.
Arrancam-se videiras e plantam-se
oliveiras,
Sem se saber por que tudo isso é feito.
E tal, como se imola um porco no espeto,
Arrancam-se olivais e plantam-se vinhas,
Pois o que hoje é bom, amanhã não terá
proveito.
José Amaral
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