domingo, 31 de outubro de 2021

OE22: Traidores e traídos

 

 As direitas e extremas-direitas dizem que este Orçamento do Estado para 2022 (OE22), é o que «está mais à esquerda». Não admira este exagero do (ainda) líder do CDS, que está em batalha campal e será canibalizado pelo Chega. O PSD/ Rui Rio,
em guerra civil com o passista, Paulo Rangel, diz o mesmo. Açoitam o dito socialismo do PS/António Costa. A fulanização na política está instalada, sendo uma forma de distorcer
a realidade. PSD/CDS fazem-no, quando dizem que AC é o responsável pelo chumbo do OE e este corrobora. Há vários PSes a dizerem-nos que PCP, BE e PEV são traidores(?), porque
chumbaram o OE22. Traição seria aprová-lo!, já que as classes que menos têm seriam favorecidas com ''migalhas'', enquanto os patronatos representados pelas suas confederações
continuam a usufruir de exponenciadas benesses. A vitimização do PS/AC é extraordinária, quando chama para as negociações do OE22, o matarruano, Carlos César, dando um sinal musculado, que se fez sentir... 
A campanha eleitoral começou antes do resultado final da votação no Parlamento. O guião do passa-culpas há muito que estigmatiza, PCP, BE e PEV, com a ajuda da imprensa, rádio e televisão.
Um mero exemplo: A deputada do PEV, Mariana Silva, iniciou um discurso sobre a agónica Cultura, tendo sido, logo, interrompida para dar voz a uma comentadora económica, na RTP3 dita de
serviço público, paga por todos nós.  Não ouvimos uma módica palavra de AC, no discurso final,
sobre Cultura(!). A Cultura para o poder é um emblema na gola direita do casaco. No fundo é muito proveitoso ter a Cultura num estado caótico - como o actual!                             Vítor Colaço Santos 


sábado, 30 de outubro de 2021

O barranco de cegos outra vez


Dizia assim Alves Redol em 1961: somos cegos guiados por outros cegos a caminho do barranco.
Hoje diria o mesmo.
Os 230 cegos que nos custam uma fortuna não se conseguem entender,
e lá vamos nós alegremente a caminho do barranco, e lá embaixo está o pantano.

Quintino Silva

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Marcelo canta bem mas não me encanta


Não paro de dar voltas ao bestunto para tentar perscrutar o que realmente pretendia Marcelo quando desatou a dizer, muito antes do tempo, mas com aguçada previsibilidade, que, caso a proposta de Orçamento do Governo chumbasse, convocaria eleições antecipadas. Ainda que impulsivo e com o coração ao pé da boca, ou melhor, do microfone e da câmara, não tenho Marcelo como homem imprudente e indiscreto que diga a primeira coisa que lhe venha à cabeça. Antecipando o que, naquela altura, quase ninguém se atrevia a imaginar como possível, o Presidente avisou/ameaçou, em 13 de Outubro, que um eventual chumbo no OE nos levaria a eleições antecipadas. Talvez pensasse que lhe ficaria bem passar por um artífice da concórdia “universal”, mas tal desígnio parece-me demasiadamente pífio para a mente brilhante que tem. Atendendo a que essa saída não era a única, como demonstrou António Costa ao disponibilizar-se para continuar a governar, mesmo que em regime de duodécimos, resta-me esta perplexidade: Sua Excelência, o Presidente da República, queria qualquer coisa. O quê, não sei. Mas não me vou deitar a adivinhar, porque tenho medo dos meus próprios pensamentos. 


Público - 31.10.2021

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Orçamento do Estado para 2022 chumbado. Governo vitimizado

 

 A incapacidade de António Costa(AC), e do PS em não satisfazer as justas reivindicações do PCP, do BE e do PEV, foi flagrante. O SNS e as leis laborais troikistas foram alvo de respostas em versão - poucochinho. Se o assalto do sector privado da saúde, ao SNS é público e notório, as leis laborais, na órbita da ministra do Trabalho e dos patrões, continuam iníquas.

Por mais que AC diga que estas delicadas valências não são de discussão orçamental(?), são indirectamente... Aquelas valências trazidas para a discussão no Parlamento por aqueles partidos
foram objecto de discussão nas reuniões preparatórias pré-votação final. A vitimização e a fuga à verdade de AC, fica-lhe muito mal. Será que, caso o governo fosse viabilizado teria usado da
mesma argumentação? Só tolos acreditariam. No fundo AC gostou deste resultado(!), já que, no fim do discurso pré-votação final, pediu maioria absoluta(!). Agitou o espantalho dos partidos de
esquerda, à esquerda do PS terem votado ao lado das direitas e das extremas-direitas, contudo foram mais que muitas as vezes que votaram com esta gente em sessões plenárias, no âmbito
do SNS e direitos laborais.

Quem ouviu o discurso final de AC, ninguém o leva preso, ao invés, andou a distribuir Sol, mel e chuva no nabal... 
É dos melhores tribunos a tirar coelhos da cartola... 

         Vítor Colaço Santos 

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

E o vencedor é...


Escrevo no rescaldo imediato do chumbo à proposta de Orçamento, e a primeira coisa que vejo é a enorme e multilateral vitória de António Costa (A.C.). Aparentemente, não conseguiu que o “seu” Orçamento passasse, mas estaria ele verdadeiramente interessado em patrocinar aquele instrumento, mesmo conhecendo-se a sua tendência para governar com ministros das Finanças apaixonados pelas cativações? A extrema habilidade político-negocial de A.C. baseia-se nas suas conjecturas, tantas vezes confirmadas. Se acertar desta vez, averba um estrondoso triunfo, habilmente mascarado de derrota.

A.C. mostra-se inocente por não haver Orçamento, não hesitando em apontar o dedo acusador à esquerda, que terá muito trabalho para deixar vincado que, em casos de obstinações, nunca há só um teimoso. Rejeitando a demissão, como que “entala” o Presidente da República, ao insinuar que a via de eleições antecipadas não é uma inevitabilidade. À direita, ainda impante de júbilo pela morte da “geringonça”, apanha-a de surpresa, enredada em disputas internas e com uma insuspeitada tarefa ciclópica de conseguir pacificar-se e organizar-se para a disputa eleitoral. A extrema-direita, para já, não assusta A.C., que deverá julgar não perder eleitores naturais para essas paragens. 

A.C. foi para onde quis, e vai jogar tudo na maioria absoluta. Não se esqueça ele, contudo, que já a tentou. E falhou.


Expresso - 30.10.2021

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Orçamento do Estado para 2022 chumbado?!

 O alarido e o dramatismo que se tem feito à volta do OE-22 tem sido ensurdecedor. São os partidos de direita e extrema-direita, a reivindicarem ainda mais benesses para a iniciativa privada e, por aí fora. São os comentadores do óbvio, destas áreas, de forma aberta e escondida a tecer loas aos empregadores e à sua capacidade de criar riqueza... Esta cria-se, sobretudo, com trabalhadores valorizados na sua ampla vertente: Direitos, garantias e melhores salários, que se lhes assistem por direito próprio e que o ex-operário, António Saraiva, patrão dos patrões nem quer ouvir falar(!). Curioso: As confederações patronais aceitaram desculpas de António Costa, na Concertação Social, mas sabiam das medidas do torniquete troikista das leis laborais, há quase uma década em prática... No fundo, radicalizando, esta gente quereria dar ao fim de cada dia «uma malga de arroz» aos trabalhadores «escravos»(!). Confiram com os imigrantes de Odemira.

Sabemos que o PCP vai votar contra o OE-22, porque dimanação do seu Comité Central. Faz sentido, já que muitas medidas aprovadas e inscritas no OE-21, nem foram implementadas e, por este andar o poucochinho que, PCP, PEV, PAN e BE conseguiram agora, do governo, voltam a arriscar que fiquem na gaveta. Friamente: Para 90% dos portugueses, o OE-22, passa-lhes ao lado(!), porque há muito que estão em 
crise e com ou sem OE-22, irá agravar-se!  

O cenário de eleições antecipadas está montado... 
Se, o BE votar contra é o «salvador da pátria». A direita e extrema-direita, num cenário de eleições antecipadas vão cavalgar demagogias com lágrimas de crocodilo, salivando, na expectativa dum bom resultado eleitoral. O presidente da República exultará nos corredores, de braço dado com as confederações patronais... Caso, se abstenha, o OE-22 não é chumbado e adia o sofrimento do Povo...
Marcelo Rebelo de Sousa, afilhado e delfim de Marcelo Caetano, diz não poder comentar a vida dos partidos, mas sempre comentou entre-linhas.
Meteu medo com eleições antecipadas, caso a esquerda não aprove o OE. Depois agiria em conformidade. Já disse tudo e o seu contrário. Em que ficamos?
Sobre as benesses incalculáveis dadas às confederações patronais nada diz. A «bipolaridade» em Marcelo é uma constante extraordinária!

Vítor Colaço Santos 
 




domingo, 24 de outubro de 2021

QUANDO A SAÚDE ALÉM DE DIREITO PASSOU A SER TAMBÉM NEGÓCIO

A saúde dos portugueses passou a ser também um grande negócio capitalista, a partir da revisão da Constituição em 1989, quando PS, PSD e CDS alteraram o artigo 64.º, que estabelecia que «o direito à protecção da saúde é realizado pela criação de um serviço nacional de saúde universal, geral e gratuito», foi alterado para «o direito à protecção da saúde é realizado: através de um serviço nacional de saúde universal e geral e, tendo em conta as condições económicas e sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito». PS, PSD e CDS alteraram também a alínea c) do n.º 3, que estabelecia que incumbe prioritariamente ao Estado: «orientar a sua acção para a socialização da medicina e dos sectores médico-medicamentosos», para «orientar a sua acção para a socialização dos custos dos cuidados médicos e medicamentosos». Estas alterações ao estatuto constitucional do direito à saúde afectaram o princípio da gratuitidade do Serviço Nacional de Saúde (S.N.Saúde), abrindo caminho para a criação de taxas moderadoras, facilitaram a ofensiva dos governos do PS e PSD, com ou sem CDS, contra o S.N.Saúde, dificultando o acesso dos portugueses à saúde e estimulando o crescimento a galope dos privados (hospitais, clínicas dentárias, oftalmológicas, análises clínicas, fisioterapia, exames, diagnósticos, etc,). Essa alteração constitucional deu cobertura à política de direita dos últimos 30 anos na sua ofensiva contra o S.N.Saúde, traduzida numa falta de investimento em hospitais, centros de saúde, equipamentos e profissionais, que é a razão de ser de existirem muitos problemas e a sua não resolução. Quanto à falta de sensibilidade governamental para uma digna remuneração e resolução dos numerosos problemas profissionais de quem trabalha no S.N.Saúde, tal também pode ser explicado por antecedentes características laborais, quer da ministra da Saúde, Marta Temido, que como presidente do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha, congelou salários e desencadeou o pedido patronal para fazer caducar o acordo de empresa, obrigando os trabalhadores a recorrer à greve para defender os seus direitos. Quer do antecessor da actual ministra da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, que também como presidente do conselho de administração dos Serviços Médico-Sociais do Sindicato dos Bancários do Sul, promoveu igualmente a caducidade do contrato colectivo de trabalho, motivando forte contestação.

 

UM CRIMINOSO DE GUERRA TRANSFORMADO EM HERÓI


A história da humanidade é um cortejo de horrores. Desde sempre os homens se mataram uns aos outros. E ao longo dos tempos, não ficaram melhores. Aliás, com a evolução do armamento (a principal industria mundial), matam-se cada vez mais. E com a evolução da comunicação social, há criminosos de guerra que são transformados em heróis. É o caso presente. Mas antes, dizer ainda, a propósito, que antigamente o “poder estava na ponta das baionetas”. Agora, continua lá. Há “baionetas” suficientes para matar umas poucas de vezes toda a humanidade. Mas há outro poder quase, ou tão poderoso, como o das baionetas; o que justifica guerras e transforma, como já se disse, criminosos das ditas, em heróis. É o caso deste que morreu há dias.

Cito António Santos no jornal Avante 21/10/21 (que nos tenhamos apercebido, o único jornal em Portugal a divulgar a folha de serviço deste falcão): “A comunicação social da classe dominante do mundo inteiro uniu-se, na segunda-feira, para cantar elegia fúnebre a Colin Powell”.

Biden, que foi apresentado aos EUA e ao mundo para substituir Trump, como inocente pomba celestial,disse agora nas cerimónias fúnebres de Powell: “um patriota de honra e dignidade sem paralelo que repetidamente rompeu as barreiras raciais e cujo compromisso pessoal com os nossos valores democráticos, tornam o nosso país mais forte.(...)

O que não foi dito sobre o general, conselheiro nacional se segurança, presidente do Estado-Maior Conjunto e secretário de Estado, é que o seu nome assinou a sentença de morte de milhões de pessoas durante quase meio século.(…) Vietname, depois com Carlucci(outro “democrata”), foi o responsável pela invasão e ocupação do Panamá. Foi um dos arquitetos da primeira guerra do Golfo, em que popularizou a chamada doutrina Powell: “primeiro chegamos lá, depois cortamos e por fim matamos”. Também assinou as invasões da Somália, do Afeganistão e do Iraque em 2003. Só esta custou a vida a mais de um milhão de pessoas.” E foi este “cavalheiro” o autor da mentira que lhe deu origem. O pretexto para a mortandade e destruição daquele país, ao garantir à ONU e ao mundo que tinha provas de que o Iraque tinha armas de destruição em massa. “ Cada afirmação que hoje faço, é suportada por fontes, fontes sólidas. Não faço alegações. O que vos estou a dar são factos e conclusões baseadas em provas sólidas”.

Como depois a própria ONU efetivamente comprovou, Powell, deliberadamente, mentiu.

Aqui fica um exemplo do outro poder. Do poder paralelo ao das “baionetas”. O poder da gigantesca máquina mediática dos alegados defensores da democracia, dos direitos humanos, do raio que os parta.


Francisco Ramalho



sexta-feira, 22 de outubro de 2021

... e, ainda gozam com a Justiça

  

 Ler jornais, há que filtrar, é saber mais! Indesmentível.

A novela Ricardo Salgado é salgada em excesso, que até 
mata o coração e não só... O seu advogado, Proença
de Carvalho(PdeC), quem haveria de ser?!, pago a peso de ouro,
tem recorrido até à exaustão para livrar o seu endinheirado
cliente, cujo objectivo é a prescrição dos avultados crimes que 
que está mais acusado. Alguns roubados do BES já se suicidaram!
O juiz, Ivo Rosa, benevolente, já lhe deu um significativo aval prescritivo.... 
Salgado disse, no Parlamento, com todo o seu catolicismo angelical que é inocente... Até o condenado banqueiro, Rendeiro, disse que é inocente(!). Quem não deve não foge!
Agora, pasme-se!, PdeC até recorreu à medicina privada(?) para «provar» que o mais que alegado criminoso, coitadinho, está com alzheimer, admitindo o causídico a condenação com pena suspensa(!). Se por um lado, aquele aval médico não tem valor decisório, já que, não foi requisitado pelo tribunal, por outro, PdeC que enchia a boca com a absolvição, agora já admite uma pena - suspensa... Em que ficamos?
Já sabíamos que alguns advogados são troca-tintas.
Já agora, dou uma ideia, comprem os serviços dum psiquiatra e 
deem-no como inimputável...
Isto é gozar, de forma aviltante, com a Justiça. Mas esta há muito que se vem pondo a jeito... Para os poderosos!
Temos dúvidas quanto ao seu estado mental, ainda assim, está doente? 
Que seja internado, quanto antes, no Hospital Prisional! 
Também pela nossa saúde...

             Vítor Colaço Santos

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Falando-se de OE


Ouvi António Costa afirmar que distribuir riqueza também é uma forma de criar riqueza. Por uma vez, estou completamente de acordo com o primeiro-ministro, ao arrepio de todos os que, atavicamente, se limitam a pensar que distribuir a riqueza é dissipá-la. Muitos dos que, por formação e posicionamento na cadeia de valor social, têm a obrigação de lobrigar um pouquinho mais longe, deixam-se amortalhar na avidez de não abdicarem do ganho imediato. Não deixa de haver aqui muito de arrogância e amesquinhamento do próximo. Por interesse próprio ou egoísmo, esses possidónios deveriam apostar mais no futuro, se conseguissem compreender que uma distribuição mais justa, menos desigual, será um investimento com retorno para si próprios e seus descendentes. Mas não, prenhes de sofreguidão, preferem lambuzar-se já. 

Distribuir melhor poderá ser a sementeira para um mundo mais equitativo e, simultaneamente, mais produtivo, capaz de gerar a auto-suficiência material de todos. Em vez disso, os ricos comprazem-se em acumular recursos em infinitos saldos fátuos, todos balofos e virtuais, mas que, convenhamos, dão imenso poder a quem os possui.


Público - 24.10.2021

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

O SONHO IMPERIAL DOS DITADORES

 

Orivaldo Jorge de Araújo

Goiânia-Goiás- Brasil

20/10/2021


Os ditadores dos países remanescentes de antigos impérios tiveram ou têm um sonho em comum: restabelecer as antigas possessões. Via de regra têm se dado mal, evidenciando um ditado quando se quer algo impossível: “um sonho de uma noite de verão”. Nesta esteira podemos citar:

 SALAZAR tinha delírios incontidos em restabelecer o antigo império português, vendo a impossibilidade, lutou intensamente para manter o que dele restou, mas sem poder bélico para tal, só lhe restou frustação.

 MUSSOLINI, era atormentado por pensamentos   megalomaníacos de resgatar do passado o Império Romano ou parte dele, todos conhecem o seu trágico fim.

Putin, alucinado em poder vislumbrar a Rússia imperial ou soviética, tem uma dúvida atroz se usa o título de Czar ou de secretário geral do partidão. Após ter anexado a Criméia, a Ucrânia não lhe sai da cabeça.

EDORGAN tem dois objetivos: um imediato, o outro a médio ou longo prazo. O momentâneo seria substituir para si todo prestigio alcançado por Mustafa kemal (Ataturk), considerado um dos maiores estadistas de todos os tempos, que através, de suas ousadas realizações, endereçou a Turquia da era medieval para a moderna. O outro seria restabelecer o antigo Império Otomano, ou pelo menos parte dele, principalmente onde floresce o petróleo ou áreas estratégicas para segurança do país. Na realidade a Turquia atual já é um modelo reduzido do extinto império que tanta infernizou a nações europeias do ocidente. Endorgan já se considera um sultão da Anatólia, com obras faraônicas que muito lembram a Sublime Porta (império turco). Tais como: o palácio do governo em Ancara (com mil quartos—de fazer inveja ao antigo sultanato), o túnel sob o estreito de Bósforo (Istambul) e agora em fase de projeto, a construção de um canal paralelo ao Bósforo (outra saída do mar Negro para o Mediterrâneo). 


terça-feira, 19 de outubro de 2021

Aristides de Sousa Mendes: Um Humanista salvador

 

 O reconhecimento de Aristides de Sousa Mendes demorou

mais que o desejado. Salvou do extermínio nazi mais de 
30 000 pessoas, nomeadamente judeus, mas também 
republicanos e comunistas espanhóis, que seriam mortos, 
às mãos do criminoso fascista, Francisco Franco, caudilho
da Espanha Franquista. Esta elevadíssima e luminosa atitude 
originou a sua expulsão de quaisquer funções ao nível do Estado 
fascista português, à época. Foi Salazar quem tomou a decisão. 
A ditadura nem deixou o ex-cônsul poder exercer o professorado.
Acresce, que Sousa Mendes teve 14 filhos e morreu na miséria...
Estas reticências dariam cem comentários! 
O exemplo que deixou é o máximo de amor ao próximo, devendo,
obviamente, ter honras para figurar no Panteão Nacional!
Estas singelas palavras também são uma humilde homenagem póstuma de agradecimento a quem decidiu em consciência e com coração a favor da Humanidade. A acção de Aristides emociona-nos pela grandeza de alma
Este Homem 'não' morreu, continua vivo no coração de muitos e muitas que querem dar vida à Vida!

                Vítor Colaço Santos

domingo, 17 de outubro de 2021

Com Paulo Rangel piora a política

 

  O auto-intitulado PSD, na prática, nunca foi nem é social-democrata. 

Um punhado de baronesas e barões deste partido vieram a 
público dar apoio em opinião escrita a Paulo Rangel(PR), já que
se perfila para tirar a liderança ao presidente Rui Rio. Aquele 
quem é? É a contrafação de Passos Coelho(PC), numa versão pior!
Tem tanta agressividade verbal que parece trauliteiro.
Lendo e estudando aquele texto subscrito por mais de três
dezenas de pessoas, podemos interpretá-lo como, ironia, uma auto-crítica ao executivo liderado por PC... sendo, que alguma desta gente, que apoiam PR, fizeram parte desse desgoverno, de muito má memória. Estes, com toda a convicção, diziam na altura que tínhamos que empobrecer, e, de facto, os pobres ficaram paupérrimos, até à condição de sem abrigo... Contactei com muitos.
Um dos seguidores de PR é o ex-secretário de Estado da Cultura, 
(a direita não assume um ministério da Cultura) que a deixou, 
ainda mais, em mísero estado. Aliás, a direita considera 
o investimento na Cultura um desperdício... desprezando-a!
O candidato PR, entronca o regresso do parteiro do diabo(PC), 
à política. Naquele exercício demagógico e palavroso publicado 
nem uma mera palavra para os mais vulneráveis. Faz todo o sentido!...

Vítor Colaço Santos