Orivaldo Jorge de
Araújo
Goiânia-Goiás- Brasil
20/10/2021
Os ditadores
dos países remanescentes de antigos impérios tiveram ou têm um sonho em comum:
restabelecer as antigas possessões. Via de regra têm se dado mal, evidenciando
um ditado quando se quer algo impossível: “um sonho de uma noite de verão”.
Nesta esteira podemos citar:
SALAZAR
tinha delírios incontidos em restabelecer o antigo império português, vendo a
impossibilidade, lutou intensamente para manter o que dele restou, mas sem
poder bélico para tal, só lhe restou frustação.
MUSSOLINI, era atormentado por
pensamentos megalomaníacos de resgatar
do passado o Império Romano ou parte dele, todos conhecem o seu trágico fim.
Putin, alucinado em poder vislumbrar a
Rússia imperial ou soviética, tem uma dúvida atroz se usa o título de Czar ou
de secretário geral do partidão. Após ter anexado a Criméia, a Ucrânia não lhe
sai da cabeça.
EDORGAN tem dois objetivos: um imediato, o
outro a médio ou longo prazo. O momentâneo seria substituir para si todo
prestigio alcançado por Mustafa kemal (Ataturk), considerado um dos maiores
estadistas de todos os tempos, que através, de suas ousadas realizações,
endereçou a Turquia da era medieval para a moderna. O outro seria restabelecer
o antigo Império Otomano, ou pelo menos parte dele, principalmente onde
floresce o petróleo ou áreas estratégicas para segurança do país. Na realidade
a Turquia atual já é um modelo reduzido do extinto império que tanta infernizou
a nações europeias do ocidente. Endorgan já se considera um sultão da Anatólia,
com obras faraônicas que muito lembram a Sublime Porta (império turco). Tais
como: o palácio do governo em Ancara (com mil quartos—de fazer inveja ao antigo
sultanato), o túnel sob o estreito de Bósforo (Istambul) e agora em fase de
projeto, a construção de um canal paralelo ao Bósforo (outra saída do mar Negro
para o Mediterrâneo).
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