A LIBERDADE É INDISPENSÁVEL À CRIAÇÃO
Caravaggio foi um pintor sublime. Um artista genial. A Igreja reconhecia-lhe esses méritos, mas discordava da forma como ele interpretava o Evangelho. Por exemplo, considerando uma heresia que os seus modelos fossem prostitutas, marginais, deserdados da sorte que ele considerava mais próximos de Cristo. Então avisou-o e ameaçou-o. E embora Caravaggio tivesse a proteção de uma poderosa família romana amante da sua arte, a Igreja era mais poderosa. Perseguiu-o. Montou-lhe uma cilada, apanhou-o e lançou-lhe um repto: ou ele passava a pintar segundo as suas regras, ou pura e simplesmente deixava de pintar.
Para qualquer grande artista, a criação, a arte, faz parte da sua vida. Caravaggio não abdicou dessa parte da sua. Não aceitou qualquer das imposições e a Igreja (Papa Paulo V) liquidou-o de imediato.
A Liberdade é indispensável à arte e à ciência. Durante séculos, a Igreja condicionou a primeira e travou a segunda. Protelou o desenvolvimento.
Francisco Ramalho
PS- Podíamos ainda “falar” da tristeza da Madeira que ficou ainda mais instável, a oposição foi varrida do Parlamento, ganharam os mesmos e os populismos. Incrível como é que o povo, os povos, agem contra eles próprios. É a democracia a funcionar, dizem os cínicos e os papagaios. Só não dizem que é a democracia condicionada. Condiciona, manipula e alimenta a ignorância.
Também podíamos referir que a caridade esteve em alta. A senhora Jonet está radiante. Ela e os donos disto tudo, evidentemente. O bétadine é ótimo para manter a chaga social.
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