Há muita gente que, vivendo longe de um centro de assistência, se lhe acontece um acidente, de trabalho ou doença súbita, fica dependente da sorte, ou da gravidade do que lhe aconteceu, para aguentar viva até que lhe chegue o socorro, ou que cheguem com ela até ao lugar onde possa ser assistida; mas quando a pessoa chega a tempo à urgência de um hospital, com sinais evidentes da gravidade do seu estado, e é deixada a penar numa sala de espera até morrer, porque na triagem não lhe foi reconhecida a urgência em ser atendida, não pode haver subterfúgios para tão grave negligência.
Foi noticiado que um homem, ainda novo, foi levado para a Urgência do hospital de Viana do Castelo com sinais claros de que estava a sofrer um ataque cardíaco; todavia, a pessoa que estava de turno na triagem não soube fazer essa leitura e ter-lhe-á dado uma pulseira de não urgente, deixando o cidadão em agonia, até que morreu quatro horas depois na sala de espera; tendo sido prometido mais um daqueles “rigorosos” inquéritos, creio que não será preciso inquérito nenhum para sabermos que, se as coisas aconteceram como nos foi relatado, aquele profissional não tem a menor condição para desempenhar tão sérias funções...
Amândio G. Martins
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