quarta-feira, 22 de maio de 2024

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Os responsáveis do Hamas quando planearam o ataque a Israel de outubro de 2023, classificado como terrorista, provocando mortos e reféns, deviam ter analisado e previsto  qual iria ser a resposta violenta do governo de extrema-direita sionista de Israel e as suas consequências dramáticas para os palestinianos.

É discutível que os responsáveis do Hamas decidissem uma acção, que tem sido o pretexto para o governo de Israel prosseguir o actual genocídio contra os palestinianos, com todas as mortes e destruição em curso e sem eficiente oposição no terreno e a nível da comunidade internacional.

 Ou será que existiu algum erro estratégico ou encomenda para justificar toda a sanha assassina do governo de Israel e suas declarações inaceitáveis contra todas as decisões da ONU.

Segundo Avner Cohen, que era encarregado dos assuntos religiosos de Israel em Gaza, que afirmou o «Hamas para meu grande desgosto, é uma criação de Israel», justificando com o que considerou o estúpido erro de Israel no final dos anos 1970, com a sua indiferença e talvez apoio ao surgimento das designadas forças islâmicas, só porque se opunham à Organização de Libertação da Palestina (OLP).

O Hamas provocou e foi responsável, pelo pretexto para Israel romper em 2000 com o acordo de paz assinado em 1993 entre Arafat, da OLP e Yitzhak Rabin, primeiro-ministro de Israel, do partido trabalhista, que seria assassinado em 1995. O acordo levou à criação da autoridade palestiniana e abria caminhos para a eventual resolução do diferendo e reconhecimento do Estado Palestiniano.

O ataque de outubro de 2023 do Hamas, não justifica e muito menos legitima a chacina dos últimos meses na Faixa de Gaza do governo de Israel, mas serve de pretexto para continuar da forma mais violenta a ofensiva das últimas sete décadas contra a constituição do Estado da Palestina.  

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