Criminalidade diminuiu drasticamente. Será?

Apesar de a Primavera estar de feição invernal, e o PM se ufanar pelos progressos da sua governação no que diz respeito aos positivos rácios da Economia e do bem-estar social, os serviços oficiais sobre a assuntos criminais comunicam-nos que, estatisticamente, a ‘criminalidade diminuiu drasticamente’.

Mas, como penso e constato sobre o que ouço e leio, estou em completo desacordo do que oficialmente foi afirmado.

Assim, de ontem para hoje, debrucei-me sobre os títulos noticiosos referentes a prevaricações à Lei vindas no jornal diário que leio todos os dias, para, de seguida as enumerar: ‘vende fábrica falida (administrador de insolvências lesa trabalhadores e bancos) e saca 800 mil euros; empregada de limpeza desvia 114 mil euros; crise dos bancos pesa 4 735 milhões no défice; rapazes de 14 anos detidos por roubos; estroncam portas para roubar igrejas; vai preso por agredir a mulher e filhas; agredida e roubada quando foi alimentar papagaio; fugiu da polícia com cilindro de água roubado; suspeito de bater nos pais também agrediu PSP; detido pela PJ no Porto por matar homem em Lisboa; PSP alcoolizado condenado por atropelar um peão; 400 000 mil euros pagos a autarcas de forma ilegal; patroa e empregada sequestradas e roubadas em casa; tribunal não quer mais prescrições no caso BCP; falência do BPP vai custar-nos mais 37 milhões; ex-directora da Bolsa inventa criança doente para sacar dinheiro; agressão a professor custa a pai 1 200 euros e pedido de desculpas; búlgaros clonaram no Porto 830 cartões em ATM; pedida pena suspensa para mulher que deixou marido morrer; gangue assaltava casas de idosos e fugia para Espanha; GNR encerra sucata ilegal e apanha viaturas apreendidas’.

Resumindo: só quem não lê, nem ouve ou tenha segurança privada durante 24 horas é que poderá afirmar que a criminalidade diminuiu drasticamente neste mal governado e mal comportado país.

José Amaral