segunda-feira, 7 de maio de 2018

Será lícito?

Uma das coisa que sempre me "fez impressão" foi o facto de algumas figuras públicas, mormente actores, emprestarem a cara para anúncios. Mas , igualmente, fui entendendo o que aduziam como razão: fazer o que não se gosta para sobreviver e assim poder fazer o que se gosta e se entende como útil.Teatro, habitualmente.
Isto será válido para vender um electrodoméstico  mas quando dá ajuda à venda de medicamentos que não servem para nada ou têm mesmo acções deletérias, o assunto muda de figura pois, quer queiram, quer não, a "coisa" assume-se como dolo. E não podem dizer-se neutros. Mas nestas coisas  de anúncios, mesmo sem "caras conhecidas", há ainda outra "vigarice" que sendo verdade literalmente, é capciosa na sua utilização. Exemplo: vi ontem o anúncio de um champô  que valorizava o produto pelo que não tem. Não tem "isto", não tem "aquilo", não tem... gluten! Que eu saiba o gluten é prejudicial somente para os intolerantes, mais habitualmente designados por " doentes celíacos" e... por ingestão! Agora para lavar a cabeça, "tanto se me dá com se me deu"! Sonsos os anunciantes, pois, se forem acusados dirão, "angelicalmente": mas nós só dizemos que não tem! E é "verdade"...

Fernando Cardoso Rodrigues

1 comentário:

  1. Aceitam representar alegremente o papel de uma peça cuja qualidade intrínseca lhes não interessa mínimamente; mas estão de olho bem aberto para o "papel" da recompensa...

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