quarta-feira, 22 de maio de 2019

HÁ FALTA DE MÃO-DE-OBRA…


É mesmo verdade: há falta de mão-de-obra no nosso País mas os números do desemprego continuam a preocupar. Todos nós conhecemos casos de pessoas que continuam sem emprego certo apesar de sermos informados pela comunicação social que a taxa de desemprego está muito baixa.
Mas realmente há falta de mão-de-obra e os problemas da falta de comboios e de barcos, por exemplo, não se deve só á falta destes meios de mobilidade mas em parte também à falta de mão-de-obra especializada para assegurar a sua manutenção e a sua condução. Recorrem os concessionários a horários de trabalho acrescidos de horas extraordinárias, mas se os trabalhadores recusarem prolongar os horários de trabalho logo os problemas surgem e muita gente é afectada.
Também os Serviços do estado têm os quadros de pessoal muito reduzidos e lá estão as grandes filas de utentes esperando muitas horas para serem atendidos. Por exemplo temos a obtenção do Cartão de Cidadão que tem tido épocas em que põe as pessoas em pânico pelo tempo de espera na sua obtenção.
E podemos também referir a falta de Médicos e Enfermeiros e pessoal hospitalar que deixa os doentes e seus familiares sobressaltados quando recorrem aos serviços oficiais. E, depois, sabemos que este tipo de mão-de-obra está espalhada por toda a Europa com referências da excelência  dos profissionais portugueses.
Também no sector privado há queixas de falta de pessoal mecânico (serralheiros, canalizadores, fresadores, electricistas…) que alguns atribuem às alterações nos currículos académicos. Depois alguns hoteleiros timidamente vão dando conta que este sector pode estar prestes a enfrentar falta de trabalhadores principalmente nas zonas de maior turismo que, entretanto, outros afirmam estar a estagnar por concorrência de outros destinos fora da Europa.
Há grande polémica e informações contraditórias no sector do Trabalho e várias propostas de correcção defendo muitos que os horários  não devem ser reduzidos, que deve haver liberdade para negociação de horários e que a idade da reforma tem de ser prolongada dado que a esperança de vida dos humanos é cada vez maior.
Quem verdadeiramente trabalha (que não é patrão ou director que, sentado à secretária e apoiado por uma equipa muitas vezes sem horas próprias) sabe os problemas e ansiedades de cumprir bem as suas tarefas e arranjar forças para ter um sorriso para com a Família que numa correria apanha os filhos na escola, os leva muitas vezes à natação, os acompanha na preparação das aulas de amanhã, lhes serve a refeição do fim do dia e os deitada com um beijo de “dorme bem”.
A Vida podia e devia ser um tempo de dias correndo de mansinho para que os nosso sonhos se tornassem realidade. Para isso seria necessário que o Mundo rolasse mais devagar, sem guerras, sem ganância, com uma divisão correcta dos bens para que todos pudessem dizer que, o Sol quando nasce é para todos.

Maria Clotilde Moreira

Jornal Costa do Sol - 22.05.2019

1 comentário:

  1. Sem ser como provocação, de forma alguma, sugiro que junto acum Pingo Doce ou Continente, perguntem se conseguem captar todo o Pessoal que necessitam? E não se ganha tão mal como para aí se diz.
    Se fizerem horário desfazado ganham mais por isso. Se trabalharem ao domingo ou feriado recebem mais.....mas vão 2 a 3 dias e não voltam sem devolver botas e jaqueta para p frio...

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