quinta-feira, 30 de maio de 2019


“Pactómetros” para todas as situações...


Manuel Valls, o catalão que já foi  primeiro-ministro de França, e agora concorreu à Câmara de Barcelona, não tendo obtido votação suficiente, oferece os seus votos à “alcaldesa” em funções, sem condições, para que continue a presidir àquele município, evitando que o independentista Ernest Maragall, que não tem maioria, assuma a presidência, mas parece que a senhora já tem compromisso com Maragall.

Acontece que Ciudadanos, partido pelo qual Valls se candidatou, detesta mesmo Ada Colau e não concorda com a decisão do seu candidato, preferindo apoiar o socialista Jaume Collboni; se isto se concretizasse, e Collboni passasse a ser o “alcalde, os socialistas estariam a pagar à esquerda republicana, apoiante de Maragall, o “favor” de não lhes ter apoiado Miguel Iceta para presidir ao Senado.

Acabado o tempo do bipartidismo, em que se alternavam no poder populares e socialistas, a geografia eleitoral em Espanha está um quebra-cabeças para a comunicação social, que se ocupa agora a realizar “pactómetros”, porque muitos dos vencedores das eleições nada podem sozinhos, precisando de fazer pactos para poder governar, e fazem-se todo o tipo de cálculos que, dependendo de VOX in ou  out, a coisa tanto pode pender para a esquerda como para a direita...

Entretanto prevê-se mais um “rifirrafe” no Parlamento, onde os de Vox se alaparam mesmo atrás da bancada do governo, sem esperarem que lhes fosse indicado o lugar habitual dos pequenos partidos, a que chamam “galinheiro; e não foi inocente este atrevimento, porque aquele é um ponto que as televisões focam permanentemente...


Amândio G. Martins

5 comentários:

  1. Mais passarões que poleiros ... prevejo muito esvoaçar de penas 🤔🤔😉

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  2. Cinjo-me ao VOX. No caso vertente do Parlamento. Foram cucos, abutres ou águias?... Provavelmente é na mistura dos três que eles medram. Ora um, ora outro, é "consante"...

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  3. Comentava ontem a jornalista Lucía Méndez, do jornal "El Mundo", que falta aos novos dirigentes partidários a cultura da negociação; outro comentador dizia que, comparado com os novos dirigentes do PP, Mariano Rajoy é Winston Churchill...

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    Respostas
    1. Confesso que não percebi. Falta-lhes cultura de negociação ou são péssimos negociadores? Sob o ponto de vista ideológico e prático.

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    2. Acrescento: com a extrema direita não se negoceia nem, muito menos, se faz coligações.

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