Em 16 de Agosto de 2021, tive o gosto de ver publicada no PÚBLICO uma carta que intitulei “Tanto mar”, em que me declarei eternamente grato a Biden por nos ter livrado de Trump, mas sem esquecer o que os norte-americanos, sob o seu comando, tinham acabado de fazer a milhares de afegãos a quem tinham jurado protecção, depois de os aliciarem para a sua causa. A ter de repetir o agradecimento, será a outra pessoa, e oxalá venha a ser Kamala Harris, a provável candidata democrata à presidência dos EUA, que desejo ver a humilhar retumbantemente Trump, “esmagando-o” no campo da misoginia, do racismo e da decência.
Tratando-se dos EUA, já estamos habituados a ver frustradas as nossas ilusões, pelo que não ficarei admirado por Kamala, se eleita, continuar a dar apoio “incondicional” a Netanayhau. Este “magarefe” conseguiu a proeza de, mais uma vez, ser ouvido nas mais altas instâncias norte-americanas, com honras de Estado, não se coibindo de agradecer todo o apoio (em armas e não só) a Biden, mas também a Trump. A ausência de Kamala na sessão é de aplaudir, mas nada de bom garante aos palestinianos.
Público - 26.07.2024
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