quinta-feira, 11 de julho de 2024

 

DECLARAÇÃO DE GUERRA


A NATO, ao reforçar o apoio económico e, sobretudo, militar, à Ucrânia, ao aumentar exponencialmente o esforço de guerra contra a Rússia criando mesmo um comando específico na Alemanha, e declarando que a entrada desse país como seu membro, será uma questão de tempo, está, digamos, a oficializar uma declaração de guerra. E faz tábua rasa de todos os pretextos que estão na origem desta: o não cumprimento da promessa de que a organização belicista não avançaria “um milímetro” para leste, e o não cumprimento dos Acordos de Minsk que previam a autodeterminação do povo russófono do Donbass, através de referendo. Onde, recorde-se, já havia 15 mil mortos antes da intensificação e da participação direta da Rússia na guerra.

Alguém acredita que a NATO, os que mandam nela, os mesmos que apoiam e os que toleram o cobarde e cruel genocídio de um povo, posicionam-se nesta guerra “pelos lindos olhos” da Ucrânia?

E a NATO, que é como quem diz, o imperialismo, seus aliados e/ou subordinados, não se ficaram por aqui, nesta cimeira! Ameaçam também a China. O seu braço armado, estende-se muito para além do Atlântico-Norte. Estende-se a todo o planeta.

Será preciso ser-se especialista seja lá do que for, para se imaginar que russos, chineses ou qualquer outro povo, se submeta docilmente aos ditames da NATO? Ás aspirações de hegemonia global dos que mandam nela?

A solução destes conflitos, concretamente deste que está mais causa, poderá resolver-se apenas pela guerra convencional? O que já seria terrível.

Será preciso ser-se especialista para se temer um inferno nuclear?

Deveriam vir para a rua, milhões, dizer NÃO a este cada vez mais possível Apocalipse.

Como sabem, Montenegro, até ao arrepio da nossa Constituição que é contra as organizações político-militares, anunciou uma comparticipação para o conflito, só para este ano, de 231 milhões.

Francisco Ramalho

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