Os programas dos estudiosos da Natureza nunca são aborrecidos, como as pessoas que realmente apreciam, conhecem e respeitam os animais e a Natureza, cuja paixão se nota nos mínimos gestos; lembro-me de ver na nossa televisão, há muitos anos, os documentários do naturalista espanhol Rodriguez de La Fuente, estudioso da fauna ibérica, de quem há muito tempo, até ontem, não ouvia falar, até que vi no canal três da televisão espanhola Atresmedia um programa que lhe foi dedicado, onde a bióloga Odile de La Fuente, sua filha, discorria sobre pormenores da vida do pai não conhecidos do grande público.
Tendo morrido muito novo, num acidente de avião no Alasca, em 1980, Félix Rodriguez de La Fuente deixou a mulher sem grandes recursos para criar as três filhas do casal, muito pequenas ainda, mas passado o momento de dor, e a confusão em que ficou transformada a casa, com gente de todo o lado a entrar e saír, segundo o que do momento guarda a filha, a mãe foi buscar forças não sabe bem aonde e depressa levantaram a cabeça, tocando a vida para a frente.
E foram crescendo com a figura do pai sempre presente, porque enquanto foi vivo dedicava à familia todo o tempo que podia, e que para todo o lado que depois fossem sempre lhe viam prestada uma homenagem; sabendo que o pai, natural da província de Burgos, só passou a frequentar a escola a partir dos 11 anos, crescendo até aí entre animais e Natureza, Odile lembrou que a maior parte das brincadeiras com ele envolviam esse tema, e que de cada vez que uma filha acertava o nome do animal cuja imagem lhe fosse apresentada, ganhava uma peseta...
Amândio G. Martins
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