quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Não temos melhor(es)?



O Expresso de 4/10 desvenda-nos o indisfarçável desalento da provedora de Justiça Europeia, Emily O’Reilly, em final de mandato, no que respeita à falta de transparência da Comissão Europeia, ao perigo das portas giratórias tão tentadoras para diversos comissários, e até de má administração do executivo. Quer isto dizer que, não obstante as chorudas remunerações que auferem, os dirigentes da União Europeia, estarão a ser pouco zelosos no cumprimento das suas funções, em manifesto prejuízo dos interesses do comum dos europeus? 

Está agora a Comissão Europeia a preparar o próximo quadro financeiro plurianual, e já se vai sabendo que este dissimula um relaxamento na Política de Coesão, cujo futuro poderá estar em risco, pelo menos na opinião que Vasco Cordeiro, presidente do Comité das Regiões, confiou ao “Público”. A Comissão Europeia, naturalmente, é composta de pessoas, e, como tal, falível e imperfeita. Mas será que não é possível encontrar melhores para o desempenho de cargos com tantos poderes? Ir a correr/voar, ao som da primeira sirene em Kiev ou Telavive, não chega. Os cidadãos europeus exigem mais e melhor.


Expresso - 11.10.2024

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