Agora já não é, passámos definitivamente de nível neste jogo hediondo em que Netanyahu nunca devia ter sido admitido. Não sabemos quem virá a seguir ao Hezbollah, actual inimigo mortal de Israel, se os Houthis, no Iémen, ou outra milícia qualquer, da Síria ou do Iraque, não falando do Irão, que é de outro calibre. Para Netanyahu, pouco importa, porque, ao que parece, ele descobriu a fórmula mágica para os exterminar: destrói toda a população e, com a maior naturalidade, dirigentes e militantes desses movimentos, mais mulheres, crianças, médicos, jornalistas e tutti quanti, irão na enxurrada, todos em direcção ao Inferno. Esta simplicidade de processos tem um custo evidente: semeia o ódio que adubará, no futuro, a repulsa dos vizinhos para com Israel, que, é bom lembrar, deveria ter direito a viver na região, mas com serenidade. Poderemos discutir sempre o “pecado original” com que o estado de Israel foi concebido, mas, passadas oito décadas, já deveria ser impossível cair nestas práticas próprias de um Hitler. Arafat ainda o quis, mas Israel nunca ajudou. E bem que o podia ter feito.
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
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