UM JUSTO E OPORTUNO PRÉMIO NOBEL DA PAZ
O Comité Nobel da Paz, decidiu este ano atribuir O Prémio Nobel da Paz, à organização popular dos sobreviventes das bombas atómicas de Hiroxima e Nagasaki, Nihon Hidankyo.
Portanto, uma decisão muito justa e oportuna. Esta organização fundada em 1956, tem como principal objetivo, sensibilizar os Governos de todo o mundo e a própria humanidade, para a erradicação destas armas, cuja existência e quantidade, podem exterminar toda a vida no planeta. Imediatamente após aquelas explosões, morreram mais de cem mil pessoas. E muitas mais nos dias, semanas, meses e anos seguintes devido à maior ou menor exposição à radioatividade.
Aproveito para apresentar aqui aos amigos e amigas uma breve e rudimentar noção dos efeitos da deflagração de uma bomba atómica. Conforme matéria do Curso de Limitação de Avarias da Armada, que frequentei.
Os três principais efeitos são:
1º- Efeito destrutivo. Como qualquer bomba convencional.
2º- Efeito térmico. A deflagração/explosão, gera uma temperatura de milhares de graus centígrados que provoca a redução a pó de todos os seres vivos e outros materiais como a terra e a evaporação da água num raio, conforme a potência da bomba.
3º - Efeito radioativo. Como é lei da física, o ar quente torna-se mais leve e sobe. Ao subir, é substituído pelo mais frio/natural, que se encontra à volta, o que provoca um enorme remoinho. Depois, toda essa massa de ar radioativa, forma, como já devem saber, o denominado cogumelo atómico que irá espalhar-se levando a morte (ou doenças) a todos os seres vivos que morrerão tão rapidamente conforme o nível de radioatividade a que forem sujeitos e contaminando todos os materiais. Dizer ainda, que até praticamente aos dias de hoje, houve e há gente a sofrer de doenças cuja origem foi o contacto com alguma dessa radiação.
O “clube atómico” é formado pelos EUA, Rússia, França, Reino Unido, Paquistão, Índia, Israel e Coreia do Norte.
Acabar com ele, é imperioso. É tirar-se a espada de cima da cabeça da humanidade. É para isso que a Nihon Hidankyo trabalha e agora foi reconhecida mundialmente.
Francisco Ramalho
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