No momento em que escrevo esta carta, aguardo com ansiedade a contraproposta do PS à contraproposta (irrecusável) do Governo. Com maior ansiedade, aguardo ainda a reacção de Israel à reacção do Irão. Por muito importantes que sejam, não vou perorar aqui sobre aqueles dois temas. Interessa-me mais, de momento, assinalar uma espécie de paralelo entre dois artigos do PÚBLICO, o primeiro, em 2/10, da autoria de Maria João Marques (M.J.M.), e o segundo, no dia seguinte, de Manuel Carvalho (M.C.). O tom de M.C. não possui o acinte destilado por M.J.M., mas nenhum dos autores esconde alguma animosidade relativamente a Pedro Nuno Santos (P.N.S.).
Ao contrário de M.C., não deixaria de considerar uma evidente quebra de princípios se o PS contemporizasse, ainda que em nome da governabilidade do país (que, na opinião de muitos, não ficará beliscada, caso tenhamos de viver em duodécimos), com as “exigências” de abaixamento do IRC e, sobretudo, da aplicação das regras que o PSD entendia no tocante ao IRS Jovem. Não acompanho M.C. na ideia de que seria um acto de “humildade democrática” P.N.S. propor-se aguardar até ser Governo para corrigir os erros de outros. Antes me parece que seria uma entorse na verticalidade do seu partido.
Público - 06.10.2024
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