sexta-feira, 28 de março de 2025

 

A ALTERNATIVA


Devido à empresa criada por Luís Montenegro e que depois de estalar a polémica por causa da sua função de Primeiro-Ministro e as avenças recebidas que o levou a ceder a sua quota à esposa e aos filhos, à reação que provocou com apresentação na Assembleia da República das moções de rejeição, e a de apoio apresentada pelo próprio, e ainda da Comissão Parlamentar de Inquérito cujo resultado de tudo isto, foi a queda do Governo e a dissolução da AR. Agora, o que seria essencial para o povo e para a democracia, é que do resultado das próximas eleições, para além da CPI se manter ou não, e independentemente do que se apure, é que tenhamos uma política diferente. Uma política, que dê resposta aos graves problemas com que o país se depara. Problemas criados ao longo de décadas pelos governo do PSD e do PS com ou sem CDS.

Diz Montenegro que foi uma pena o Governo ter sido interrompido porque estávamos no bom caminho. A economia está bem e diversos projetos não foram implementados. E, já em campanha, afirma que voltarão a ser desenvolvidos se a AD voltar a ganhar e, melhor ainda, se com maior resultado.

Contrapõe o PS que o melhor que governo chefiado por Montenegro conseguiu, foi herança do seu governo.

Nem um, nem outro, têm razão. A realidade aí está a prová-lo. Basta estarmos minimamente atentos para percebermos que a pobreza tem aumentado. E muito. Diz quem está no terreno, por exemplo a Cáritas, que os pedidos de ajuda de pessoas a viver na rua duplicaram. Diz mesmo que já há famílias inteiras nessa triste e inadmissível situação. Diz esta e outras instituições de assistência social como o Banco Alimentar contra a Fome.

Este é apenas um exemplo do resultado das políticas de há muitos anos dos partidos do centrão. Mas, como se sabe, há tantos outros exemplos! A grave crise na habitação ou na saúde. Uma das principais conquistas do 25 de Abril, o Serviço Nacional de Saúde, não sabemos todos como está e quem beneficia com isso? Os donos de clínicas e hospitais privados.

Segundo a revista Forbes, em 2024, as 50 famílias mais ricas em Portugal possuíam uma fortuna estimada em 45 mil milhões de euros. Quase mais 5 mil milhões que em 2023. Mais dois exemplos: a Galp, maioritariamente do grupo Amorim, teve lucros de 881 milhões de euros em 2022, 1000 milhões em 2023 e 961 em 2024. E depois uma botija de gás custa mais do dobro que em Espanha. Por sua vez, o Novo Banco lucrou em 2024, 744,6 milhões de euros. Os mais elevados de sempre.

Principais responsáveis por estas assimetrias brutais, já vimos quem são. E depois de 18 de Maio? Não há alternativa? Quem é que não sabe que há? Os que continuam manipulados pela comunicação social dominante dos senhores do dinheiro, evidentemente! Vamos então fazer com que este numero diminua e dizer a essa gente que a alternativa não é entre PS e PSD. Isso é alternância. Também não é a IL e muito menos o populista e demagogo Chega. Alternativa, é à esquerda do PS. Nomeadamente a mais credível e consequente; o PCP/CDU.

Francisco Ramalho

Publicado, quarta, 26, no jornal O SETUBALENSE


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