terça-feira, 18 de março de 2025

 

OS MILHAFRES DA EUROPA


Não lhes chamo falcões para não desvalorizar essas aves da rapina. Chamo-lhes milhafres. Não são altivas e imponentes, mas também são aves de rapina.

Os “milhafres” que tutelam a União Europeia mais o do Reino Unido, Starmer, são serviçais do império desiludidos com Trump por se verem de um momento para o outro, dispensados desse seu indigno papel. E sem a grandeza que caracteriza os que merecem a designação de líderes, meros milhafres, querem a continuação da guerra. Para isso, pretendem extorquir dos bolsos dos seus concidadãos contribuintes, oitocentos mil milhões de euros para o que, eufemisticamente, costumam designar por investimento na defesa. Na dissuasão da guerra. Ou seja, na corrida aos armamentos. Na industria da morte. Mas, desta vez, foram objetivos; “para rearmar a Europa” Porquê? Porque Trump, como homem de negócios, embora espalhafatoso e prepotente, mas não tolo, ao contrário do seu antecessor, Biden, viu que da Rússia não levava mais nada, mas sim da Ucrânia. Por isso, quer acabar com a guerra e sacar as utilíssimas terras raras (preciosas para a atual revolução tecnológica onde se incluiu a inteligência artificial) e outros minerais em que o solo ucraniano é pródigo, para rentabilizar o grande investimento que Biden e não só, ali fizeram para tentarem fazer o mesmo à Rússia que fizeram com a Jugoslávia; enfraquecê-la e dividirem-na para se tornar inofensiva e manipulável. Mas Ursula von der Leyen, Kaja Kallas, António Costa e Starmer, continuam com a justificação de que Putin e a Rússia, são uma ameaça. Que têm aspirações expansionistas.

Para haver uma guerra, claro que tem de haver um inimigo! E se não o houver, como no Iraque, Líbia ou Síria, inventa-se. Diaboliza-se o líder. Além disso, os milhafres acima referidos, que se consideram, evidentemente, democratas, afirmam a pés juntos, que pretendem apoiar financeira e militarmente outro que consideram também democrata; Zelensky. Apoiando a “sua” Ucrânia, dizem, apoiam toda a UE e a restante Europa. Zelensky, o “democrata” responsável pelo silenciamento de estações de rádio e televisão, de jornais, da maior comunidade religiosa do país, a Igreja Ortodoxa Russa e de quem não alinhasse com o seu discurso, e que para isso, foi ainda ao ponto de ilegalizar todos os partidos da oposição (onze) e de eliminar mais de 15 mil patriotas do Donbass por pretenderem o seu legítimo direito à autodeterminação. Aliás, conforme os Acordos de Minsk que não cumpriram.

Portanto, em vez de contribuírem para a paz na Ucrânia e na Rússia, preferem rearmar a Europa para continuarem a guerra. Assim como deveriam contribuir para o fim de outras guerras. Nomeadamente, a que dilacera a Palestina e agora as chacinas que, como era mais que previsível, se verificam na Síria. Este é que deveria, deve ser, o papel da UE e da restante Europa.

As guerras, beneficiam apenas os complexos militares industriais, nomeadamente, o mais forte, o norte-americano. E prejudicam o povo. Todos os povos.

Francisco Ramalho

Publicado hoje também no jornal O SETUBALENSE

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