Conquistada
a liberdade com o levantamento militar e popular do 25 de Abri, o Partido
Comunista Português (PCP) foi o primeiro partido a entregar o processo de
legalização. Uma delegação composta por Álvaro Cunhal, secretário-geral do PCP
e outos dirigentes, estiveram no dia 26 de Dezembro de 1974 no Supremo Tribunal
de Justiça, onde fizeram a entrega de toda a documentação exigida por lei para
a formalização da legalização do PCP.
O partido
doa trabalhadores, o partido da resistência que ao longo de 48 anos de fascismo
viveu na mais feroz «ilegalidade» e pôs em prática formas das mais complexas na
luta clandestina, foi também o primeiro a apresentar o processo para a
formalização da sua legalização, marcando assim, no plano institucional, a
afirmação das liberdades democráticas alcançadas com a Revolução de Abril.
Com o
processo de legalização, foi dado um novo passo, ao qual se seguiram muitos
outros passos, para que o PCP pudesse pensar, trabalhar, organizar-se e
exprimir-se em liberdade.
TUDO ISTO
DEPOIS DE…
A 28 de Maio
de 1926, um golpe militar encabeçado pelo general Gomes da Costa, impõe a
ditadura em Portugal. É dissolvido o Parlamento e imposta censura prévia à
imprensa. São demitidas as vereações municipais. Inicia-se a perseguição
policial terrorista às organizações e militantes democráticos e sindicais. As
sedes do PCP são encerradas e o PCP é ilegalizado.
Ilegalizado
o PCP prepara-se para a resistência antifascista, em situação de
clandestinidade. A clandestinidade não foi uma escolha dos comunistas, foi uma
situação que lhes foi imposta pela ditadura fascista.
O PCP seguiu
o duro caminho da clandestinidade para lutar pela liberdade. Contra todas as
calúnias e mentiras, contra as perseguições e o terror, o PCP permaneceu na
luta, estruturou-se na clandestinidade tornou-se na «ilegalidade» a principal
foça de oposição ao fascismo.
(extraído de
artigo publicado no jornal Avante de 26.12.2024)
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