Mark Rutte, o ex-chefe de fila dos governantes do Norte, frugais por definição, sempre prontos a “carregar” nas tintas da austeridade para os outros, os do Sul, vem agora fazer um lancinante apelo aos países da (sua) NATO para abrirem para além do sustentável os cordões à bolsa, e investirem em capacidade de fogo que, de uma vez por todas, arrume a Rússia do caminho. Faz lembrar a lebre (não a da tartaruga de Zenão, e muito menos a do gato de Cavaco) que se lança na exploração dos caminhos da dianteira, ou então o barro que se atira à parede para ver se “agarra”. Pretende ele, para “salvar” o Ocidente, que os países membros sejam austeros nas despesas de saúde e nas pensões de reforma, esbanjando à larga o que for necessário em armas e defesa. Dito por outras palavras: “que se lixe” a manteiga, gastemos em canhões. Se eu mandasse, ficava com a manteiga, porque, com canhões, ainda alguém se pode magoar.
Público - 06.12.2024
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