terça-feira, 28 de janeiro de 2025

E.U.A. COM Trump, AMEAÇAS, INCERTEZAS, PREOCUPAÇÕES...


Recentemente foi exibido na RTP2 uma série documental «Capitalismo Americano: o culto da riqueza», podendo concluir-se que a elite capitalista americana tem como objectivo: enriquecer muito e cada vez mais, não pagar impostos e determinar o rumo político a nível interno e externo.

Os convidados das primeiras filas na tomada de posse do presidente Trump, confirmaram a importância da oligarquia capitalista na eleição do presidente dos E.U.A. (os donos da Amazon, Apple, X, Google, Meta, etc.).  

Refira-se que os apoios financeiros à campanha eleitoral de Trump/Partido Republicano (da ordem doa 1,1 milhões de dólares) foram ultrapassados pelos apoios financeiros ao Partido Democrata (1,5 milhões de dólares), mesmo depois de terem obrigado à desistência de Biden e à sua substituição por Kamala Harris.

A derrota do Partido Democrata e de Kamala Harris nas eleições dos E.U.A., está ligada à vida difícil de muitos americanos com o custo de vida, às dificuldades na saúde, educação e habitação, ao aumento dos níveis de pobreza e mesmo miséria, o agravamento de desigualdades, o que provocou muito descontentamento e abriu mais as portas ao populismo, além de poder também estar associada à substituição tardia e um pouco rocambolesca de Biden e a alguma dose da machismo e racismo, por Kamala Harris ser mulher e negra.

Não deixa de ser incompreensível, que na democracia liberal americana considerada de cinco estrelas pela maioria da comunicação social e dos seus comentadores, exista um sistema eleitoral desactualizado, com defeitos e incongruências, uma significativa taxa de abstenção e também com uma justiça a não impedir Trump de se candidatar, face ao envolvimento em muitos processos judiciais e algumas condenações.

O resultado das eleições presidenciais americanas, com todo o seu folclore de quatro em quatro anos, reduzido a candidatos dos dois partidos (democrata e republicano) e ignorando outros, não põe em causa o sistema capitalista e o seu controlo do poder político.

É usual dizer-se que nos E.U.A. mudar um presidente democrata por um republicano, e vice-versa, é virar o disco e tocar a mesma política, com ligeiras notas diferentes, sobretudo a nível interno. Até que ponto a eleição de Trump, com um grande e descarado envolvimento e aparecimento dos super ricos e escancarando portas à extrema-direita política, vai alterar o que tem sido habitual? As declarações de Trump, já depois de eleito, e as primeiras e teatrais medidas são um sinal negativo, com ameaças, incertezas e provocando preocupações.

 

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