sexta-feira, 31 de janeiro de 2025

Haja quem entenda...

 

Quando ouço compatriotas nossos emigrados em países como França, Estados Unidos e Brasil, entrevistados em época de eleições nesses países, fico espantado por ver que, na maioria dos casos, defendem o que aí ameaça ser pior para eles, como o ataque a tudo que seja estrangeiro, se calhar convencidos de que mostrando-se assim zelosos serão poupados; por outro lado, é-me difícil entender que haja tanta gente nossa há tantos anos nos USA sem estar legalizada, tanto mais quanto não faltam por lá cidadãos de origem portuguesa em posições políticas de relevo que os podiam motivar e ajudar, mas preferem continuar a confiar no desenrasca, que agora parece estar a tirar-lhes o sono.

 

Tenho um irmão que, tendo-se visto constrangido a saír de Moçambique, aquando da independência, morou comigo durante algum tempo, enquanto tratava das coisas para emigrar para os Estados Unidos, incentivado por familiares da então namorada - que é hoje mulher e mãe da filha, lá nascida e com dupla nacionalidade - que lá já tinham criado raízes; uma vez lá, embora tendo trabalho e habitação garantidos, não descansou enquanto não ficou legalizado, para o que teve de aprender a língua, o hino e as mais importantes regras impostas à cidadania, fazendo disso demonstração no exame com que conseguiu a dupla nacionalidade, para poder viver, trabalhar e circular sem sobressaltos...

 

Amândio G. Martins

 

 

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