sábado, 22 de fevereiro de 2025

Guerra e diplomacia



Não ignorando o quão irritante é para todos os outros persistir em pensar “fora da caixa” (como agora se diz), libertando pensamentos que vão contra a “corrente do jogo”, e arriscando-me a “marcar na própria baliza”, parece-me sempre estimulante questionar algumas “verdades”, coisa que o pensamento correcto normalmente não permite. Suponhamos que a ideia da ameaça russa não passa de um “mito urbano”, daqueles que não têm ponta por onde se lhes pegue, e que a Rússia, que não deixa de ser europeia, anseia por ter relações amistosas com os seus irmãos geográficos. Andamos todos por aqui preocupadíssimos com a nossa defesa, gastando o que temos e o que não temos, para quê? Para acorrer a uma ameaça que não passa disso mesmo? Bem sei que, no mínimo, me apodarão de ingénuo, mas, no campo da dúvida metódica, a hipótese existe. Se Rousseau estava mais certo do que Hobbes, andaremos a engordar a indústria do armamento com base em atoardas interesseiras e enganadoras? Em minha opinião, deveríamos assegurar as necessidades básicas de defesa e gastar o melhor dos nossos recursos em fortalecer, não os arsenais, mas as capacidades da diplomacia persuasiva.

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