quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

Maria Teresa Horta, um vero e elevado exemplo

Desapareceu-nos fisicamente, a inigualável e extraordinária, Maria Teresa Horta. Jornalista, escritora e superior poetisa. Declamadora. Foi sempre poesia em pessoa, na sua vida chorada, indignada e plena de alegria contagiosa, afável e carinhosa. ''Sou aquela feita de amar, no lume do fogo perpétuo!'', disse, sendo ilustre a poetizar o erotismo, uma forma de arte, sem amarras ou autocastrações. Lutou contra o pai, que lhe exigiu formatação. A sua vida foi pautada pela liberdade e sentido de humor, tendo sido a primeira cineclubista, amando o cinema. Nos seus 15\16 anos de idade, distribuindo panfletos contra a ditadura fascista, chamada eufemisticamente de Estado Novo, foi apanhada pelos carrascos da Pide e, deitando-a ao chão, apanhou uma tareia, tendo recebido tratamento hospitalar. Foi presa por verdugos e criminosos pides. Na Feira do Livro, em Lisboa, cumprimentei-a:-''Aleluia!, a Maria Teresa Horta, notabilíssima escritora e Poetisa. A sua poesia tem de ser lida, relida e estudada''.-''Gosta de poesia? Quem é?''- '' Gosto muito. Sou um «Escuta Zé Ninguém, [livro de Wilhelm Reich, a ler]». Amavelmente, gratificou-me com palavras que lavraram. Guardei-as. Não 'morreu', a sua obra permanecerá. Glória Eterna , a uma das nossas melhores, Maria Teresa Horta!

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