quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Usar os incêndios na luta política é uma indecência

 

Os incêndios são uma calamidade em muitas partes do mundo, e nem mesmo aqueles países mais ricos, supostamente bem organizados e sem carência de meios, nem mesmo esses estão a salvo de sofrer grandes danos nos bens das populações e no seu património vegetal e meio ambiente; Portugal, estando numa das mais vulneráveis zonas do globo no que ao risco de incêncio concerne, não tem como não escapar a esta desgraça, cabendo aos responsáveis a quem compete a defesa do território decidir e impor medidas no sentido de minimizar as tragédias humanas.

 

Desgraçadamente, os incêndios têm sido utilizados como armas de arremesso político, esquecendo-se os péssimos políticos que assim procedem de que também vão acontecer quando forem eles a exercer o mando; e recordo a tragédia de Pedrógão, onde todos os testemunhos, e investigações posteriores, comprovaram que aquilo surgiu de forma tão abrupta e poderosa que nem mesmo que tivesse sido adivinhado e os meios estivessem prontos à espera poderiam evitar grande parte do que aconteceu.

 

Todavia, o governo de então foi massacrado, tendo uma senhora de reconhecida qualidade técnica e humana, Constança Urbano de Sousa, então no cargo de ministra, sido praticamente “lapidada”; no Parlamento, o palavroso Hugo Soares exigia, gritando grotescamente para António Costa, que este pedisse perdão aos portugueses, como se o então chefe de governo tivesse sido o incendiário...

 

Amândio G. Martins

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