Devia ser claro para qualquer responsável que o uso indiscriminado de telemóveis nas salas de aulas interfere no que deve ser o ambiente de estudo e no trabalho dos professores, porque este absurdo vício que se foi cimentando, em idades com pouca noção das responsabilidades, leva a que se distraiam boa parte do tempo de aula em brincadeiras e provocações, com toques e piadinhas, em vez de se concentrarem no que ali foram fazer; de facto, havendo já escolas onde aos jovens não é permitido o uso daqueles aparelhos no tempo de aulas, segundo os responsáveis com bons resultados, é difícil perceber que uma norma assim não avance pelo país inteiro com efeito obrigatório.
Nem entendo o que diz no JN o presidente do Conselho Nacional de Educação, Domingos Fernandes, que “é um problema da sociedade e não se pode empurrar para a escola e esperar que esta resolva”, como se à escola não seja legítimo criar as normas necessárias ao seu bom funcionamento e ao bom aproveitamento dos alunos enquanto estão à sua responsabilidade...
Amândio G. Martins
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