terça-feira, 5 de setembro de 2023

Se é necessário não é extravagância

 

A médica de familia prescreveu-me vários exames para tentar descobrir a origem dos problemas que me vêm afectando as pernas e os pés, e me impedem o descanso necessário durante a noite; a antecessora – num curto espaço de tempo já vou na quarta médica, desde que a espanhola que me atendeu muitos anos se reformou e da qual tenho tido saudades, porque as substitutas parece que só vão ficando até arranjar melhor lugar – a antecessora, dizia, disse-me que o meu problema se chamava “síndrome da perna inquieta” -  coisa talvez “engraçada” para mulheres contraporem às maleitas das outras nas conversas de salas de espera – e receitou-me uns comprimidos, que foram muito eficazes para me anular a capacidade sexual, acção confirmada pela “bula”, mas quanto ao que se pretendia, nicles.

 

Mas o que realmente queria realçar, por me parecer incompreensível, é que, na organização a que recorri para fazer aqueles exames, Unilabs, onde fui muito bem atendido, enquanto o custo de uns corre por conta do SNS, é da conta do utente a pagamento de outros na íntegra; e se é assim porque os responsáveis da saúde os consideram uma dispensável extravagância, o que a mim me parece é uma indecente desautorização da médica em prejuízo do utente...

 

Amândio G. Martins

2 comentários:

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