terça-feira, 19 de setembro de 2023

A falar é que a gente se "estende"

 

Diz a lenda que Oscar Wild, justamente famoso homem de letras irlandês, terá dito que, das mulheres, só conhecia dois tipos, “as que nunca se calam e as que estão sempre a falar”, mas esta afirmação, com a qual concordo um bom bocado, era desvalorizada pelo facto de se saber que ele “virava a mãozinha”, como dizem os brasileiros, o que na Inglaterra do seu tempo era tão escandaloso que até  lhe custou dois anos de prisão, que ele aproveitou para continuar a escrever, e quando saíu em liberdade, por não ver condições para continuar no seu país, exilou-se em Paris até à morte.

 

Mas as mulheres da nossa terra, por muito palradoras que sejam, benza-as Deus, não chegam aos calcanhares do nosso presidente, embora a maior parte das vezes até sejam elas, na função de jornalistas, que mais lhe puxam pela língua; e segundo o velho dichote,  “quem muito fala, pouco acerta”, mas se não for totalmente assim, no caso do nosso venerando chefe de Estado, não deixa de ser verdade que o excesso de verborreia o faz resvalar para inconveniências escusadas, como aquela verificada no Canadá, com o que até se divertiram os profissionais da TV espanhola “La Sexta”, Cristina Pardo e Iñaki López, mais os comentadores convidados, no programa de ontem “Más Vale Tarde”, onde fizeram passar o nosso presidente, traduzindo com legendas o que ele dizia...

 

Amândio G. Martins

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