Pedro Sánchez nunca teve, ressalvando Rodriguez Zapatero, a vida facilitada pelos velhos barões do partido, e nem mesmo depois de chegar ao posto de chefe de governo tem visto o seu trabalho reconhecido pelos detractores internos que, para além de nunca o terem apoiado nas campanhas eleitorais, recorrem à terminologia da própria Direita para o atacarem em toda e qualquer polémica que a esta dê jeito alimentar; incapaz de conseguir uma maioria parlamentar de apoio à sua investidura, e temendo que Sánchez o consiga, desde que lhe seja permitido ceder às exigências da Direita catalã de Puigdemont, que não tem sido pobre a pedir, Feijóo delicia-se com as posições públicas de velhos socialistas contra o presidente em funções.
De facto, não tem sido nada fácil de engolir, para a actual direcção socialista, ver figuras como Felipe Gonzalez, Rodriguez Ibarra, Alfonso Guerra e Nicolas Redondo, entre outros dirigentes regionais no activo, como Ximo Puig, Garcia Page e Javier Lambán, referendarem a favor do PP, por causa das cedências de Sánchez aos independentistas catalães, todo o tipo de ataques ao seu partido de sempre; e como a militância mais activa vem exigindo à direcção nacional que expulse aqueles velhos senadores, Nicolas Redondo acaba de ser “despedido”, mas não creio que esta decisão possa fazer recuar os restantes, tendo Redondo respondido de imediato que não lhes deve nem lhe devem, sendo livre para continuar a falar “lo que le dá la gana”...
Amândio G. Martins
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