Foi divertido assistir ao debate de investidura de Nuñes Feijóo que, sabendo que não passaria com os votos que tinha garantidos, mesmo assim quis aproveitar a oportunidade para desancar Sánchez, que se recusou a dar-lhe réplica, delegando a tarefa num porta-voz, o que enfureceu as bancadas das Direitas, ao ponto de lhe não pouparem os mais variados insultos, a que a presidenta teve que pôr termo, lembrando aos deputados as suas obrigações; e Feijóo, enquanto acusava o chefe de Governo em funções de ter deixado Espanha de rastos, desdobrava-se em promessas de melhorias já cumpridas pelos socialistas, e a que o seu partido votou sempre contra, tanto no tempo do seu antecessor como já consigo na direcção, dizendo agora que as manteria, mas muito melhoradas.
E deu que falar, nos dias que antecederam o debate, o apelo que altas figuras do PP fizeram, além do próprio Feijóo, à rebelião dos deputados socialistas que não concordassem com o que Sánchez terá que ceder aos independentistas catalães para poder ser investido, sendo certo que não poderá fazer nada que a Constituição do país lhe não permita; todavia, o “bochornoso” convite a eventuais trânsfugas do PSOE não surtiu até agora qualquer efeito, e ninguém acredita que alterem a disciplinada postura na seguinte e última votação...
Amândio G. Martins
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