quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Guerra (também) às crianças


Só imaginar que haja alguém capaz de defender a detenção de crianças (e suas famílias, se as tiverem), requerentes de asilo, numa fronteira, qualquer “cristão” se sentirá estarrecido. Constatar que, no nosso mundo desenvolvido, “exemplo” para tantos povos incultos deste planeta, existe quem possua poderes instituídos, legítimos à face das leis democráticas, e que está prestes a decretá-la, é coisa, para mim, inimaginável. Mas é isso mesmo que o Parlamento Europeu se prepara para aprovar, “à pressa”, num miserável Pacto de Migração e Asilo, invocando argumentos de inegável cinismo como o de que tal se deve fazer antes das eleições europeias e da presidência húngara da UE, que poderá ainda vir a fazer pior.   

São estes os tempos em que o “correcto” é apelar ao belicismo, ao rearmamento desmesurado, criando-se na generalidade dos cidadãos europeus a ideia de que temos uma civilização que não ameaça ninguém, mas é ameaçada por tudo e todos. “Correcto” é também pensar-se que os apelos à paz no mundo não passam de ingenuidades celestiais ou de conluios com os “inimigos”. 

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