A liberdade sindical, os direitos conquistados a nível laboral, social e económico com o 25 de Abril de 1974, levou a algumas negativas reacções patronais que se traduziram em demissões, abandono de empresas ou em tentativas para o seu encerramento.
Tal acção patronal teve em muitos casos uma resposta organizada dos
trabalhadores para defender e manter os seus postos de trabalho, com a
constituição de cooperativas e empresas em autogestão, beneficiando de apoio
governamental, de legislação para o efeito e apoio bancário, nomeadamente após
o 11 de Março de 1975 e a nacionalização da banca.
Em 1977, associada à jornada de luta do 1.º de Maio, organizada pela
União dos Sindicatos do Porto/C.G.T.P-IN, realizou-se uma exposição de
cooperativas e empresas em auto-gestão, de vários sectores de actividade, na
Rua Alexandre Herculano, perto da Praça da Batalha, no Porto.
A indústria gráfica, devido às suas características, tinha uma razoável implantação
urbana na cidade do Porto e concelhos limítrofes, com muitas pequenas empresas,
algumas vítimas de abandono patronal, levando à constituição de cooperativas.
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