quarta-feira, 31 de julho de 2024

"Soy un obrero" - diz ele

 

Comecei a ficar esclarecido acerca da real qualidade daquele “maduro”  que, apesar dos incalculáveis recursos do país, conseguiu lançar 90% da população para uma situação económica abaixo do limiar da pobreza, com 50% em pobreza extrema, ordenado mínimo equivalente a três euros mensais e inflacção de 270%, quando, após ter substituído Chaves, arengou aos desgraçados que passaram a ser seus súbditos, que o falecido lhe mandava mensagens através de um passarinho; mais tarde, por alturas de um Natal, depois de ter garantido ao povo que não lhe faltaria o pernil de porco, que por aqueles lados é indispensável no menú da época, verificando que a empresa portuguesa lhe negou o fornecimento, enquanto não pagasse o débito que já havia atrasado, apareceu a invectivar Portugal, que lhe tinha “saboteado”  a encomenda da carne.

 

Agora, depois de ter maquinado uma constituição que lhe garante poder apresentar-se a “eleições” sucessivas, qual Putin ou Xi Ginping, fez uma campanha ameaçando com um banho de sangue se não continuasse no poder; terminada a eleição, a máquina corrupta de que se rodeia – comissão eleitoral, com respaldo dos altos comandos das forças armadas, polícias e milícias criminosas de todo o tipo -  apressou-se a declará-lo vencedor, ao arrepio de todas as regras, sem permitir a ninguém a consulta dos documentos que demonstrem que foi realmente o vencedor, e expulsando os representantes dos países vizinhos que não fizeram a indecência de o felicitar, porque os governantes que o congratularam é que são exemplos de democracia, como Cuba, Nicarágua, Irão, China e Rússia. Grita ser "un obrero", e que por isso mesmo é que os imperialismos o não querem nem pintado, e à legitimidade de os vencedores quererem assumir o poder chama "golpe de Estado"...


Amândio G. Martins

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