domingo, 23 de fevereiro de 2025

Leilão indecoroso

 

A constante objurgatória de Montenegro e dos seus pares a António Costa, quando eram Oposição, por qualquer denúncia de irregularidade que aparecesse na Imprensa, mesmo a carecer de rigor e veracidade, faria supor que, quando ascendessem ao Governo, tudo passaria a ser irrepreensível; todavia, aquilo a que vimos assistindo é tudo menos isso, nos mais diversos sectores da governação, de que se destaca o Serviço Nacional de Saúde, onde o indecoroso leilão de lugares de direcção e chefias hospitalares  nos mostra da figura que faz de ministra um execrável conceito de serviço público.

 

Dir-se-á que sempre assim tem sido e, pelo que se vê, vai continuar a ser, porque não vemos os partidos interessados em criar uma lei que impeça esta dança de cadeiras, substituindo os gestores em funções antes dos prazos normais, não por incompetência ou irregularidades, mas para poderem garantir as sinecuras à rapaziada da militância, sabendo-se que grande parte dela é para isso mesmo que milita, levando ao desplante daquele médico de Barcelos se vangloriar, no jornal da terra, que lhe foram oferecidos vários lugares à escolha, mas que a sua preferência ia para o hospital local.

 

Perante um quadro destes, que credibilidade e confiança nos pode merecer um primeiro-ministro que, na luta pelo poder, acusava o antecessor com o trocadilho de “ter o Estado todo partido e o Partido todo no Estado” se depois, alapado na “cadeira de sonho”, as primeiras decisões que no seu governo são tomadas vão exactamente no mesmo sentido, com a agravante de o fazerem sem qualquer justificação válida, sem corar de vergonha e com a maior cara de pau, como nos vem mostrando a famigerada ministra da Saúde...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

 

 

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