Num instituto de Gerez de la Frontera, um miudo autista, de catorze anos, que vinha sendo sistematicamente acossado por alguns colegas, só porque era diferente, muito calmo e metido consigo, segundo outros que o entendiam, que reprovavam a forma como era incomodado pelos que não respeitavam a sua condição, impotente perante aquela situação a que ninguém ligava, não aguentou mais os abusos e esfaqueou uns quantos que abusavam dele e também professores; levado pela polícia e presente a um juíz, este decidiu que fosse encerrado num centro para menores, como se a situação mental do rapaz fosse irrelevante e não devesse ser atendida por gente capaz para isso.
Um deputado municipal do PSOE em Madrid teve, numa reunião da Câmara, uma atitude intolerável com o presidente Martinez Almeida, do PP, dirigindo-se-lhe de forma brusca e “afagando-lhe” a cara; perante aquela insólita atitude, o líder do grupo socialista mandou-o saír imediatamente da sala, e que não ocuparia mais aquele lugar, decisão que foi louvada por toda a gente que fala e faz opinião no espaço público.
O deputado socialista no Congresso, Óscar Puente, entrou em Valladolid no comboio de alta velocidade, que eles chamam “AVE”, pretendendo dirigir-se a Madrid a tempo de participar na votação do último acto de investidura de Feijóo; ao pretender sentar-se, foi impedido por outro passageiro, que lhe travava a passagem e lhe perguntava insistentemente por notícias de Puigdemont; o deputado accionou a segurança e pediu que chamassem a polícia, que chegou de seguida e levou o sujeito.
Óscar Puente foi quem tinha substituido Sanchez na réplica a Feijóo, usando um discurso em que “desmontou” uma a uma as mentiras que o líder do PP tinha propalado em quase duas horas de discurso a “bater” no chefe do Governo ainda em funções, e foi tão eficaz que, no fim, quando passava pela bancada do Governo, Sánchez o abraçou efusivamente; e quando toda a gente decente condenava o acto daquele passageiro, no comboio onde Puente vinha para Madrid, uma alta figura do PP, Moreno Bonilla, presidente de Andaluzia, justificou o acto do passageiro com o discurso que Puente tinha feito contra Feijóo...
Amândio G. Martins