segunda-feira, 4 de março de 2024

Desonestidade e baixeza moral

 

Não há limites para a falta de escrúpulos dessa gente da Direita rançosa e de má memória para muitos, que não esquecem com facilidade as suas malfeitorias, como são Cavaco Silva, Durão Barroso e Passos Coelho.

 Do primeiro, para além de termos visto serem malbaratados, na sua governação e com o seu beneplácito, uma incomensurável soma de milhões de contos de fundos europeus, distribuidos à tripa-forra pela gente que lhe mostrasse reverência, e de ter promovido o abandono de cultivos e manufacturas que nos tornavam, se não autosuficientes, pelo menos não tão dependentes do exterior, não se lhe conhece uma ideia que o tornasse uma referência na ciência económica, de que tanto se gaba, mas apenas elogios à sua figura, à sua indigente obra política e ataques desonestos aos adversários.

Do segundo, muitos nos lembramos da leviandade com que deixou o nome de Portugal ligado a um dos maiores crimes da história contemporânea, como foi a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, com base em falsidades que logo foram postas a nu; depois, tendo-lhe sido oferecido pela Direita europeia - como contrapartida daquela falta de coluna vertebral - um lugar bem remunerado, não hesitou um segundo em abandonar o seu posto para presidir à Comissão Europeia, posição onde continuou a prestar tão bons serviços ao capital, que um dos seus bancos mais predadores o decidiu premiar com uma cadeira dourada.

Como aos dois acima referidos já só restará fazer ruído, o terceiro não esconde as ambições, para o que poderá sempre contar, além dos predadores habituais, com as alarvidades dos primeiros, a quem não tolhem nenhuns escrúpulos em dourar de patriótica uma escandalosa governação de rapina aos mais fracos, para que aos abastados não faltasse nada ...

 

Amândio G. Martins

 

 

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