Em 1982 foi derrotada a tentativa, brutal e sangrenta do
governo/AD de retirar a baixa da cidade do Porto (Praça da Liberdade, Av. dos
Aliados, Praça General Humberto Delgado) aos trabalhadores nas comemorações do
1.º de Maio. Verificou-se uma madrugada sangrenta com 2 trabalhadores mortos
pela polícia e centenas de feridos. Na tarde do 1.º de Maio, mais de 100 mil
trabalhadores estiveram na baixa da cidade do Porto e participaram na jornada
de luta do 1.º de Maio.
Em 1982, o governo era da AD(PSD/CDS), com maioria absoluta
na Assembleia da República, o 1.º Ministro era Pinto Balsemão, o Ministro da
Administração Interna era Ângelo Correia, mais directamente responsável pela
repressão e carga policial sobre os trabalhadores no 1.º de Maio. Marcelo Rebelo
de Sousa foi o Ministro dos Assuntos Parlamentares.
Em 12 de Fevereiro de 1982, realizou-se a primeira greve
geral depois do 25 de Abril, tendo como objectivo «por uma nova política, uma
só solução, AD fora do governo», verificando-se uma participação de cerca de 1 milhão
e 400 mil trabalhadores. Contra a violenta acção repressiva governamental no
1.º de Maio no Porto, foi realizada uma greve geral a 11 de Maio, exigindo a imediata
demissão do governo. Em Dezembro de 1982, o 1.º Ministro Pinto Balsemão,
apresentaria a sua demissão, realizando-se eleições legislativas em Abril de
1983.
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