Quando havia no Parlamento maioria suficiente para apoiar um governo para concluír a legislatura, para o que o partido maioritário tinha soluções, o “supremo magistrado” não resistiu à pressão partidária e mediática, sobretudo à da sua gente, e dissolveu aquilo tudo; se o que pretendia era ter um final de mandato sossegado, com o seu partido apaziguado à sua volta, saíu-lhe o tiro para trás, porque o que resultou das eleições promete ser tudo menos estabilidade - dado o crescimento absurdo dos monstros da extrema-direita - mesmo que o líder da coligação vencedora mantenha a palavra e não aceite formar governo com os nazis, porque a pressão interna há-de ser tão forte que não terá outro remédio, ou acabará substituído, embora o que venha a ser designado para negociar com a “canzoada” também não deva ir longe.
Do lado esquerdo, quando os génios todos ansiavam por uma hecatombe socialista, tão desnorteada tinha sido a sua governação, verifica-se que saem da contenda bem vivos e com ânimo reforçado; das restantes agremiações, o partido comunista faz lembrar a tragédia do titanic, cuja orquestra residente continuava a tocar impávida enquanto tudo afundava, com a agravante de, neste caso, atribuírem ao povo “burro” a sua desgraça, só porque esse povo há muito percebeu que nada de bom lhe poderá vir de tão irrecuperável velharia...
Amândio G. Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.
Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.