terça-feira, 12 de março de 2024

Um presidente experimentalista

 

Quando havia no Parlamento maioria suficiente para apoiar um governo para concluír a legislatura, para o que o partido maioritário tinha soluções, o “supremo magistrado” não resistiu à pressão partidária e mediática, sobretudo à da sua gente, e dissolveu aquilo tudo; se o que pretendia era ter um final de mandato sossegado, com o seu partido apaziguado à sua volta, saíu-lhe o tiro para trás, porque o que resultou das eleições promete ser tudo menos estabilidade - dado o crescimento absurdo dos monstros da extrema-direita - mesmo que o líder da coligação vencedora mantenha a palavra e não aceite formar governo com os nazis, porque a pressão interna há-de ser tão forte que não terá outro remédio, ou acabará substituído, embora o que venha a ser designado para negociar com a “canzoada” também não deva ir longe.

 

Do lado esquerdo, quando os génios todos ansiavam por uma hecatombe socialista, tão desnorteada tinha sido a sua governação, verifica-se que saem da contenda bem vivos e com ânimo reforçado; das restantes agremiações, o partido comunista faz lembrar a tragédia do titanic, cuja orquestra residente continuava a tocar impávida enquanto tudo afundava, com a agravante de, neste caso, atribuírem ao povo “burro” a sua desgraça, só porque esse povo há muito percebeu que nada de bom lhe poderá vir de tão irrecuperável velharia...

 

Amândio G. Martins

 

 

 

 

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