Ciumentas perante a expressiva imagem que o país deu dos seus sentimentos quanto à memória, vivida ou relatada, do 25 de Abril libertador, algumas almas insatisfeitas não param de falar sobre a necessidade “imperiosa” de comemorar o 25 de Novembro. Estão no seu direito, e declaro desde já que não me aquentam nem me arrefentam. Se quiserem mais datas de comemoração de factos fracturantes, até posso lembrar o 11 de Março, data que, certamente, não lhes vai agradar, mas, parece-me, os beneficiou ao precipitar o tão “desejado” 25 de Novembro. Vejo até grande utilidade na comemoração que exigem, já em 2024, ou, se tiverem um bocadinho de paciência, no ano que vem, atendendo ao cinquentenário. Será da maneira que, acompanhando a opinião de Pacheco Pereira no PÚBLICO de 27/4, teremos um padrão de comparação da importância da manifestação “popular” (que, com toda a certeza, será financiada a “ferro e fogo”), face à genuína e desinteressada adesão que se sentiu nas comemorações da semana passada. Ou me engano muito, ou vão ter de suar (inutilmente) as estopinhas para morder os calcanhares da exuberante popularidade que se viu.
Expresso - 03.05.2024
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